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sábado, 6 de maio de 2023

ESCREVER ME FAZ BEM.


             Mamãe, Bernadete, Erasmo, eu no colo de mãe e Tereza. Mãe era esperta já nos fotografava.



              ESCREVER ME FAZ BEM.

E se existe um assunto que nunca canso de escrever é sobre o que fui e sou hoje,  eu fecho os olhos e me vem à cabeça coisas que vivi ainda um bebê, porque com seis anos é isso que somos, eu não sei vocês, mas eu, apesar de não ter tido uma infância das melhores, graças a Deus tenho boa memória e lembro-me de muitas coisas, uma, eu com apenas seis anos, nunca esqueci de algo, foi o seguinte, um eclipse  que teve no ano de 1958,  tadinha da minha mãe, ela com vinte e sete anos  e já mãe de sete filhos, como todos no nosso sitio por ignorância ou ingenuidade, eles, acreditavam que com esse eclipse o mundo iria acabar, e como nosso pai estava em outro estado trabalhando, na verdade, ele só vinha em casa engravidar minha mãe (risos)brincadeirinha, na verdade o nosso pai era muito bom, mas como ele não conseguia trabalhar na roça, preferia se aventurar como mestre de obras em outros estados, e além de nos sustentar, ele tinha homens de confiança  cuidado dos nossos sítios.

Voltando ao eclipse, a nossa mãe resolveu, se fosse para morrer que tivesse mais companhia, então fomos com ela numa vizinha, a única coisa que lembro-me era pela manhã, foi muito esquisito escurei como se fosse noite, todos juntinhos a nossa mãe, parecendo uns pintinhos de baixo das assas da galinha.

Foram poucos minutos, e de repente tudo voltou ao normal, foi tanta alegria, pulos, nós fizemos uma festa.

Lembro-me também, que com seis anos eu já frequentava uma escolinha, isso na sala de uma tia, a professora minha prima, só que eu nem aprendia nem deixava ninguém aprender, sem contar que beliscava uma por uma das crianças, era expulsa, mas piorava, fora da sala começava tacar pedra na porta até mãe escutar, já que a casa era perto, e como toda mãe acreditava ser implicância da professora comigo.

Na verdade, nossa infância para mim foi perfeita, não sentia falta de nada, a liberdade, as brincadeiras até as brigas era meu divertimento, e com oito anos, eu sendo a mais velha em casa, sobrava tudo para mim, com essa idade, eu ia buscar água num açude, ou tanque que ficava entre as pedras, e muitas vezes não tendo ninguém para botar a lata d´água na minha cabeça eu mesmo a colocava, todos os dias dez latas, e ainda ia botar água numa vizinha que era como nossa avó.

E sabe porquê? Principalmente papai, para que as minhas irmãs mais velhas continuassem estudando, já que no sitio mal aprendíamos o básico, ele fez questão que as meninas morassem com nossa avó paterna, na verdade a ideia foi de papai, primeiro levou Tereza, e na cabeça dela por ser muito apegada com mãe, e acreditando que mãe não a quis em casa, não quis mais vir ver mãe, e as vezes que mãe ia na rua ela nem olhava para mãe, ai para ver se ela não se sentia tão sozinha, apesar de ter uma tia da mesma idade, levaram Bernadete, já (Deta) todos finais de semana vinha para o sitio.

Por outro lado, elas viviam melhor que no sitio, já que meu avô era o tabelião da cidade e tinha mais condições. Bom se gostarem na próxima semana continua.

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

5 comentários:

Karen disse...

Gostei muito, continue postando!!

Anônimo disse...

Gostei demais Darc. Conte mais 👏👏👏👏

Anônimo disse...

Continue adoro seus textos!!

Anônimo disse...

Obrigada vou continuar

Anônimo disse...

Amei continue escrevendo, Deus abençoe vocês minha queridas amigas.