Mamãe, Bernadete, Erasmo, eu no colo de mãe e Tereza. Mãe era esperta já nos fotografava.
ESCREVER ME FAZ BEM.
E se existe um assunto que nunca canso
de escrever é sobre o que fui e sou hoje, eu fecho os olhos e me vem à cabeça coisas que
vivi ainda um bebê, porque com seis anos é isso que somos, eu não sei vocês, mas eu, apesar de não ter tido uma infância das melhores, graças a Deus
tenho boa memória e lembro-me de muitas coisas, uma, eu com apenas seis anos, nunca esqueci de algo, foi o seguinte, um eclipse que teve no ano de
1958, tadinha da minha mãe, ela com
vinte e sete anos e já mãe de sete filhos,
como todos no nosso sitio por ignorância ou ingenuidade, eles, acreditavam que com
esse eclipse o mundo iria acabar, e como nosso pai estava em outro estado
trabalhando, na verdade, ele só vinha em casa engravidar minha mãe (risos)brincadeirinha,
na verdade o nosso pai era muito bom, mas como ele não conseguia trabalhar na
roça, preferia se aventurar como mestre de obras em outros estados, e além de
nos sustentar, ele tinha homens de confiança cuidado dos nossos sítios.
Voltando ao eclipse, a nossa mãe
resolveu, se fosse para morrer que tivesse mais companhia, então fomos com ela
numa vizinha, a única coisa que lembro-me era pela manhã, foi muito esquisito escurei
como se fosse noite, todos juntinhos a nossa mãe, parecendo uns pintinhos de
baixo das assas da galinha.
Foram poucos minutos, e de repente tudo
voltou ao normal, foi tanta alegria, pulos, nós fizemos uma festa.
Lembro-me também, que com seis anos eu já
frequentava uma escolinha, isso na sala de uma tia, a professora minha prima, só
que eu nem aprendia nem deixava ninguém aprender, sem contar que beliscava uma
por uma das crianças, era expulsa, mas piorava, fora da sala começava tacar
pedra na porta até mãe escutar, já que a casa era perto, e como toda mãe
acreditava ser implicância da professora comigo.
Na verdade, nossa infância para mim foi
perfeita, não sentia falta de nada, a liberdade, as brincadeiras até as brigas
era meu divertimento, e com oito anos, eu sendo a mais velha em casa, sobrava
tudo para mim, com essa idade, eu ia buscar água num açude, ou tanque que
ficava entre as pedras, e muitas vezes não tendo ninguém para botar a lata d´água
na minha cabeça eu mesmo a colocava, todos os dias dez latas, e ainda ia botar água
numa vizinha que era como nossa avó.
E sabe porquê? Principalmente papai, para
que as minhas irmãs mais velhas continuassem estudando, já que no sitio mal
aprendíamos o básico, ele fez questão que as meninas morassem com nossa avó
paterna, na verdade a ideia foi de papai, primeiro
levou Tereza, e na cabeça dela por ser muito apegada com mãe, e acreditando que
mãe não a quis em casa, não quis mais vir ver mãe, e as vezes que mãe ia na rua
ela nem olhava para mãe, ai para ver se ela não se sentia tão sozinha, apesar
de ter uma tia da mesma idade, levaram Bernadete, já (Deta) todos finais de semana
vinha para o sitio.
Por outro lado, elas viviam melhor que
no sitio, já que meu avô era o tabelião da cidade e tinha mais condições. Bom se
gostarem na próxima semana continua.
Joana Darc Nunes de Araújo Alves
Ferreira.
5 comentários:
Gostei muito, continue postando!!
Gostei demais Darc. Conte mais 👏👏👏👏
Continue adoro seus textos!!
Obrigada vou continuar
Amei continue escrevendo, Deus abençoe vocês minha queridas amigas.
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