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sábado, 27 de agosto de 2022

SAUDADE NÃO TEM IDADE

  Dificilmente ouço músicas atuais, só se for muito boa mesmo, agora músicas antigas é aqui na internet, eu fico horas.

     E acredito que quem curtiu, dançou e sonhou com as músicas dos anos 60 e 70 sabe do que estou falando.

    Vou citar alguns dos melhores, sem dúvida, Roberto Carlos, Incríveis, Fevers, Benito de Paula, Raul Seixas e todas as bandas de rock Eita! Sinto muito, mas não dar para enumerar todos, são muitos inesquecíveis, eles nos fazia sonhar, imaginar o imaginário, acreditar no amor e ao escutar uma boa música eu ia aonde minha imaginação quisesse.

    E apesar de ter tido uma infância e adolescência de pobreza, sofrimento, incerteza e falta de tantas coisas, existia dentro de mim paz, alegria e uma vontade louca de viver, eu vivia sonhando acordada escutando músicas tão incríveis, as mesma me transportavam para lugares jamais sonhados.

    E mesmo com tantas dificuldades possível e impossíveis, eu tive uma adolescência saudável, feliz e me diverti muito mesmo, outro dia o meu neto perguntou, vó e você estudou? Eu rindo respondi, não, eu nasci velha, feia e gorda, não sei quem estava aqui em casa, riu muito.

    Na verdade, é o que alguns jovens pensam, eu digo por mim, eu fui muito feliz, vivi momentos incríveis, dificilmente alguém me via triste, e tem mais, eu namorei muito, mas mãe nunca soube se era feliz, ou se sofria por amor, minha alegria e desilusão eu guardava só comigo, nem com amigos gostava de dividir.

    Hoje os namoros já é na cama e muitos dentro de casa, as brigas, confusões, mesmo sem querer somos obrigados a ver, e muitas vezes sofremos junto.

    Com o passar dos anos a coisa só piorou, eu particularmente nem imagino como será o namoro daqui pra frente, antes não existia compromissos, então namorávamos um, dois, até três, isso num curto espaço de tempo, e, sem estresse, hoje se a moça não quer mais e termina o relacionamento por que descobre que seu namorado é um cavalo, ignorante e ciumento, morre.

    Engraçado, hoje nem dançar eu sei, mas como já dancei, ok vivo de lembranças e recordações, algumas pessoas dizem que quem vive de lembrança é museu, eu penso ao contrário, felizes de nós, que temos do que nos lembrar.

    Com certeza, mesmo com tantos apertos, falta de diversão e divertimento, soubemos aproveitar bem a vida, isso mesmo, escutando uma boa música, indo aos assustados, pulando carnaval e no mais simples dos salões, nós sabíamos como viver e transmitir nossa alegria, com nossa juventude.

    E para os que, como eu vieram de uma cidade do interior do Norte, nordeste, sul e sudeste e tivemos o mais puro dos sentimentos parabéns.

    A maioria das pessoas tinha sensibilidade, principalmente os mais velhos, tinha pureza e sabia cultivar uma boa amizade.

    Eu posso dizer de coração, fui feliz mesmo com as dificuldades e os atropelos da vida.

    E sempre que escuto músicas antigas, volta tudo a minha cabeça e coração os meus sonhos voltam, minhas esperança se renovam e sinto saudades de um tempo que éramos felizes de verdade.

    As músicas ao invés de nos botar pra cima nos derruba de tão ruim que são, aliás, a maioria só tem refrão, eu fico pensando o que pensa alguém que escuta essas músicas que se gravam hoje?

    Ou são doentes ou o cérebro pifou, tem que ter muito estomago para escutar esses cantores de hoje, de cem se salva uns cinco, me desculpe mais essa é minha opinião.


    Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.