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quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

POR ESTA E TANTAS RASÕES QUE NUNCA ACREDITEI EM PAPAI NOEL, UMA MALDADES QUE FAZ COM OS HUMILDES.


Monólogo do Natal – Aldemar Paiva, eu revi no reprise da escolinha do professor Raimundo, lido pelo o ator comediante Lúcio Mauro, simplesmente me emocionei. 


Eu não gosto de você, Papai Noel! 
Também não gosto desse seu papel de vender ilusões à burguesia. 
Se os garotos humildes da cidade soubessem do seu ódio à humildade, jogavam pedra nessa fantasia. 
Você talvez nem se recorde mais. 
Cresci depressa, me tornei rapaz, sem esquecer, no entanto, o que passou. 
Fiz-lhe um bilhete, pedindo um presente e a noite inteira eu esperei, contente. 
Chegou o sol e você não chegou. 
Dias depois, meu pobre pai, cansado, trouxe um trenzinho feio, empoeirado, que me entregou com certa excitação. 
Fechou os olhos e balbuciou: “É pra você, Papai Noel mandou”. 
E se esquivou, contendo a emoção. 
Alegre e inocente nesse caso, eu pensei que meu bilhete com atraso, chegara às suas mãos, no fim do mês. 
Limpei o trem, dei corda, ele partiu dando muitas voltas. 
Meu pai me sorriu e me abraçou pela última vez. 
O resto eu só pude compreender quando cresci e comecei a ver todas as coisas com realidade. 
Meu pai chegou um dia e disse, a seco: “Onde é que está aquele seu brinquedo? 
Eu vou trocar por outro, na cidade”. 
Dei-lhe o trenzinho, quase a soluçar e, como quem não quer abandonar um mimo que nos deu, quem nos quer bem, disse medroso: “O senhor vai trocar ele? 
Eu não quero outro brinquedo, eu quero aquele. 
E por favor, não vá levar meu trem”. 
Meu pai calou-se e pelo rosto veio descendo um pranto que, eu ainda creio, 
Tanto e tão santo, só Jesus chorou! 
Bateu a porta com muito ruído, mamãe gritou; ele não deu ouvidos. Saiu correndo e nunca mais voltou. 
Você, Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou. Sem pai e sem brinquedos.
Afinal, dos seus presentes, não há um que sobre para a riqueza do menino pobre que sonha o ano inteiro com o Natal. 
Meu pobre pai doente, mal vestido, para não me ver assim desiludido, comprou por qualquer preço uma ilusão e, num gesto nobre, humano e decisivo, foi longe pra trazer-me um lenitivo, roubando o trem do filho do patrão. 
Pensei que viajara, no entanto, depois de grande, minha mãe, em prantos, contou-me que fôra preso. 
E como réu, ninguém a absolvê-lo se atrevia. 
Foi definhando, até que Deus, um dia, entrou na cela e o libertou pro céu.

domingo, 23 de dezembro de 2012

PAPAI NOEL EXISTE?


       É uma boa pergunta! É óbvio que não existe, se Papai Noel existisse, para todos nós seria uma maravilha e um presente de Deus, especificamente para as crianças carentes. 
Já pensou receber do papai Noel o que você sonhou e desejou o ano inteiro?
Nunca! Nem se quer pensei, ou pedi algo para Papai Noel, na verdade, morando num sitio nem o significado do que se comemorava no Natal eu sabia, saia anos entrava anos, sem eu entender nada.
 Anos depois, já morando na Cidade, tinha a missa do galo e uma pequena festa, só então eu soube o que se comemorava, o aniversario de Jesus, eu não me lembro quem me contou, se foi a minha mãe, ou outra pessoa, e talvez tenha sido a minha mãe mesmo, e eu com a minha santa inocência não tenha prestado atenção, ou entendido nada.
 E sei que na nossa Cidade no Natal, tinha uma comemoração e ate umas meninas cantavam músicas natalinas tipo pastoril, e me parece que era em cima de uma carroceria de um caminhão.
 Já no último dia do ano, tinha festa numa cidade vizinha por nome de São Vicente, a nossa cidade ficava vazia, e eu só me lembro que um ano todos foram á tal festa, e alguns, quer dizer os mais velhos foram á missa, e eu fiquei com meu amigo Jarbas Malta, conversando na praça até altas horas.
E só então quando eu mudei para São Paulo, foi que com a televisão passei á entender bem melhor, e confesso odiei, por que as festas eram piores que na nossa pequena cidade Itapetim Pernambuco. 
Lá pelo um menos tinha a missa no Natal, e no último dia do ano a festa em São Vicente.
Em São Paulo, a festa geralmente era na casa de alguém, onde o povo se entupia de comida e enchia a cara de cachaça, ou cerveja, que pra mim se fica bêbedo é a mesma coisa, e haja falar bobagem, quando alguém não acabava brigando.
 Ai sim, com estas manifestações eu fiquei mais certa que o natal era só comer e beber, e que nem de Deus e Jesus se ouvia falar, a não ser na televisão, e não pensem que se falava de Deus, era de presentes e do bendito Papai Noel, e bom velhinho que para mim é lenda e uma forma de enganar os trouxas.
Então o que me vem á cabeça no final do ano? Consumo, viagens, bagunças, extravagâncias, e comer como se nunca tivessem comido, até parecem que vivem o ano inteiro passando fome, sabe o que seria maravilhoso nessa época do ano? A solidariedade e que ao invés desses esfomeados comer e beber ate estourar a pança, e por fim brigar até com a sombra, pensar no próximo, e distribuir cestas básicas para quem realmente precisa.
E ai sim, reunir as famílias para comemorar e conversar, fazendo uma janta sem tantas frescuras e passar uma noite agradável, rindo, brincando e se poder ir a uma missa e falar o que realmente estão comemorando para crianças. 
Mais isso nem sonhando! Ao invés disso, enfeita as árvores de Natal, e quem pode enche de presentes, e jura para as crianças que foi o bendito papai Noel que trouxe.
E os que nem o que comer tem, como explicar ao seu filho que papai Noel os esqueceu? Eu sei que vão me criticar, eu fiz diferente, e criei os meus filhos, ensinando que Papai Noel é uma lenda, um mito, uma invenção igual coelhinho da páscoa, quer dizer balela, idiotices de quem tem muito dinheiro e quer ganhar mais ás custas de uma mentira, e que se seus pais não podem, as crianças não terão presente.
Eu deixei claro, que papai Noel é historinha pra boi dormir, eu nunca os enganei, e acho o cúmulo um pai inventar para uma criança um absurdo desse, e tem pais, que ainda dizem se você for bonzinho, ou se passar de ano, o bom velhinho, Papai Noel, virá.
Quanta bobagem! Sendo que o pai, muitas vezes nem um emprego tem, e é ai, que muitas crianças se revoltam, acreditando que o papai Noel os esqueceu, portanto meus filhos, parem de se enganar, e principalmente de mentir para os inocentes, que depois de passar em branco a noite de Natal, onde muitos nem uma janta descente têm, ficarem revoltados acreditando que o tal papai Noel, não gosta deles.
 Eu particularmente, só fui entender o que realmente se comemorava no Natal, aos quinze anos, e como quase nada eu entendia sobre antes e depois de Cristo, eu resolvi ler a Bíblia. Foram três meses lendo, mas finalmente aprendi muito. 
É a minha opinião, o Natal é simplesmente comercio, e do aniversariante, e o que realmente se comemora que e o nascimento de Jesus, os pais não ensinam aos filhos. 
Na verdade, se eu pudesse, dormiria do dia vinte e três de Dezembro, até o dia três de Janeiro, para nem ouvir ou escutar certas pessoas que nunca me cumprimentaram, nesses dias e me falar com a maior cara de pau.  FELIZ NATAL, OU FELIZ ANO NOVO.
Mais para quem tem família os reúna conversem, riam, brinquem, divirta-se, e se está brigado com algum parente, amigo faça as pazes, e faça com que essa noite seja abençoada. Não coma como se fosse sua ultima refeição, não beba, não magoei quem você ama e sobre tudo se beber não dirija, respeite a vida, se não a sua, aos dos outros.   
               QUE DEUS OS PROTEJA E LHE DER UM NATAL COM PAZ, SAÚDE E UMA VIDA LONGA.


Joana D'arc Nunes de Araujo Alves Ferreira