Eu fico imaginando
quanta felicidade sentimos, nós os pais, quando estamos esperando um filho, são
tantos planos, alegria, sonhos e vontade de ver seu rostinho, pela primeira
vez.
Mas quando perdemos
alguém que amamos a nove meses, não, não
era minha filha de sangue mas de coração.
Eu acredito que só
sabe o que estou falando quem perdeu alguém muito importante na vida, são
perguntas sem respostas e saudades imensas, a exatamente nove meses perdi
alguém especial e hoje ao me lembrar dessa menina tão linda, cheia de vida e
sonhos, eu fico me perguntando por que?
O que Deus queria
quando a enviou a terra, Ariadne era feliz, pra cima e tinha uma energia, seu
sorriso era encantador, dificilmente eu vi Ariadne chorar ou falar de alguém
com raiva.
Na verdade, Ariadne transmitia
felicidade, amava viver, e como gostava de comer, correr, pular e falar.
Aqui em casa, ela deu
seus primeiros passos, e ao invés de mãe ou pai, sua primeira palavra foi Déa,
depois Dadá.
Ao contrário, seus pais
eram loucos por ela, mais como eu tinha acabado de perder meu marido ela veio
para me deixar menos triste, foi como se ela tivesse vindo para que eu e meus
filhos encontrássemos forças para lutar e continuar vivendo, perder meu marido
foi como estarmos começando uma casa e vir uma chuva forte e acabar tudo,
ficamos sem chão.
Hoje eu vejo a vinda
dela como a salvação, sua morte foi e estar sendo difícil de aceitar, ao mesmo
tempo, como ela estava muito doente, para ela foi a libertação.
Eu já vi doenças traiçoeiras
mais o câncer! Sofre quem está doente e
a família, os pais da Ariadne foram presentes e se amavam, amaram dobrado,
sinto orgulho pela força da dos dois, mas a sua mãe Jovelina foi tão guerreira
quanto Ariadne, as duas lutaram com muitas orações, fé em Deus e otimismo, infelizmente o câncer venceu.
Muitas saudades e que
você esteja num lugar lindo, e, encantando os anjos com sua risada, aqui na
terra continuaremos lembrando de você com muito amor, saudades e perguntas sem respostas.
Joana Darc Nunes de Araújo Alves
Ferreira.