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sábado, 18 de fevereiro de 2023

COMO VOCÊ SE VÊ HOJE.

  

COMO VOCÊ SE VÊ HOJE.

 

Como foi sua infância, adolescência, e aos dezoitos anos você já tinha vivido algo de bom, ou não soube aproveitar a vida porque não te deixaram viver? Por incrível que pareça, essa foi a realidade de muitos, principalmente nós que nascemos nos anos cinquenta, eu já escutei cada história de mulheres da minha idade de arrepiar.

Mulheres que viveram reprimidas, muitas nem o nome sabia escrever, algumas como os pais foram criados na ignorância, sem estudo, amor e compreensão passaram para os filhos.

Isso é fato, e quando me perguntam ou dizem com você também foi assim? Comigo não, ai eu conto como vivi, mostro minhas fotos, elas veem as roupas que eu usava ficam boca-aberta.

E quando eu conto que aos dezessete anos vim para São Paulo, obvio! Acompanhada, e já sabia ler e escrever, me perguntam como? Você morando no sertão de Pernambuco, e como eu vivi mais no Sudeste, as minhas conversas foram mais com mulheres que se criaram no interior de são Paulo e Paraná.

Enfim conto como eu vim, e como voltei duas vezes para Pernambuco, mesmo estando morando em São Paulo, eu aproveitei muito minha juventude, namorei e passeie muito, principalmente em Pernambuco, fui bailes, dancei muito, as minhas amigas ficam bobas.

Realmente, muitas mulheres que como eu nascemos numa cidade no interior de Pernambuco, nós fomos privilegiadas, era uma cidade pequena mais bem movimentada, aonde as festas juninas, carnaval, e festa m geral era o que mais tinha.

Eu acredito que não só eu, mas as meninas que nasceram nessa cidade, nós fomos sim felizes, isto é, quem soube aproveitar a vida.

Engana-se quem imagina que nos anos setenta não existia as meninas sem juízo, e obvio burras, elas já aprontavam, e com certeza engravidavam, e como na época dizia; eram faladas, quer dizer caia nas más línguas. (Fofoqueiras) o importante é você saber como viver, namorar, beijar sim, mas como dizia minha mãe, beijar é bom, mas nunca deixe homem passar a mão em você.

Graças a Deus, eu soube aproveitar e escutei bem a minha mãe, namorei MUITOOOO, Porém com cautela, apesar que era bem ingênua, e não. Porque aos dezessete anos quando um cara mais velho que eu, foi atrevido comigo, peguei a mão dele e levei ao portão, por pouco não o machuquei, o empurrei e gritei some nunca mais me apareça seu infeliz. Isso em São Paulo. 1970.

Obvio! Se desculpou pediu desculpas, mas de nada adiantou pequei nojo do cara.

Depois voltei a Pernambuco, e na minha pequena cidade de Itapetim Pernambuco eu aproveitei e me diverti o quanto pude. Mas graças a Deus, nunca mais me apareceu um capeta daqueles, hoje a mulherada é quem passa a mão.

Moral da história seja feliz, porém não precisa viver de mão em mão, se der valor, e entenda em todas as épocas existiu, o certo e o errado, a fácil e o difícil, só depende de você.

 Joana Darc Nunes de Araújo