Nossa! Meu Deus! Quanta saudade da minha Terrinha, eu sou
Nordestina, pernambucana com muito orgulho, e amo meu Sertão.
Porém saudades mesmo, eu estou da minha família especialmente
da minha mãe Mariquinha, eita mulher arretada, forte e paciente, já são doze
anos na cama doente, seu lado esquerdo não mexe por conta do derrame, mas com
uma resignação que só Deus sabe explicar o porque.
Mãe nunca reclama, e como nos anima e nos faz rir, de manha
mais parece nosso pirata Nordestino, ela acorda sempre com um olho fechado, e ao
ir para o banheiro tomar seu banho com a cabeça meio torta, mais parece frei Damião,
e já de banho e café tomado, é nosso Mario fofoca, a bichinha sabe de tudo risos.
Mãe, dificilmente desanima, ao contrario, ela é nossa fortaleza,
eu fiquei junto dela dois meses, foram os melhores da minha vida, não faz nem uma semana que voltei mais parece seculos, com ela sempre
aprendemos algo, principalmente o significado da palavra amor.
Passeamos muito, Mãe ama andar de carro, mais parece Maria gasolina
risos, fomos a São Vicente, São José, Brejinho, Piedade e Texeira, e cantado
obvio! Casinha Branca, saga Nordestina e o Hino Nacional, mãe ama cantar.
Como queria morar mais perto e poder vê-la sempre, infelizmente, a vida o destino, me fez viver no sudeste, porém meu coração está dividido, aqui
em Santa Bárbara, com meus filhos, minha vida, e o meu neto e nora, e outra
metade no Sertão Nordestino, Itapetim PE, cidade linda que eu adoro, e com irmãos,
sobrinhos, tios, primos e amigos, em especial nosso tesouro maior, mãe.
Queria ter asas, e sempre que a saudade aumentasse eu pudesse
voar a Itapetim, rever minha mãe, como não dar, mato as saudades pensando e
escrevendo sobre o amor de filha pra mãe, e vice e versa.
AMO-TE ETERNAMENTE MÃE.
Joana D'arc Nunes de Araújo.
