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quarta-feira, 23 de agosto de 2023

FILHOS NOSSA CONTINUAÇÃO PARTE 2

 

Jorge Fernando, meu orgulho, meu porto seguro, e que nas horas mais difíceis esteve ao meu lado, ao contrário do Cris, ele nunca gostou de estudar, fugia da escola como o diabo foge da cruz, mas quando perdeu o pai aos doze anos, ele  ficou doente, aliás, ele teve febre durante quinze dias, os três, eles eram muito apegados com o pai e vice-versa, mas o que mais deu trabalho foi o Fernando, e de repente foi como um milagre, não sei como, mas quinze dias depois foi como se ele tivesse acordado.

Não gente, não foi pra tanto, estudar estava fora de cogitação, mas voltou a escola, e faltava mais que político ao trabalho, tadinho, mas em compensação ele resolveu que seria o dono da casa, e resolveu trabalhar, primeiro vendeu tudo o que podia, codornas, gaiolos, bicicleta do pai etc. e além de estudar meio forçado, catava papelão, trabalhou de servente, enfim lutou, e como prometeram o material escolar deles na escola, Cris e Andrea muito vergonhoso, ele correu atrás junto comigo.

E para sua sorte, com treze anos, num salão trabalhando de servente, o homem o qual o salão seria para ele montar uma fábrica de antena parabólica, o vendo ainda uma criança e tão esforçado, perguntou; porque você está trabalhando de servente? Fernando respondeu; o meu pai morreu não faz um ano, e tenho que trabalhar para ajudar a minha mãe, o cara falou; aqui será uma fábrica, e a partir de hoje você está contrato, e junto com esse senhor que irá tomar conta da fábrica, você será meu primeiro contratado, ele chegou em casa numa alegria, ele já estudava a noite, no dia seguinte  começou, e como não era tão longe de casa, e ele já tinha sua bicicleta vinha todos os dias almoçar em casa, me deixando com o coração na mão porquê teria que atravessar a pista.

De imediato foi registrado, começou ganhando um salário mínimo e uma cesta básica, quando a fábrica abriu, o Cristiano foi trabalhar lá também. Três anos depois a fábrica faliu, pagaram todos os funcionários, e para o Fernando, eles deram todas as antenas e materiais para ele continuar com sua profissão, e falaram se você conseguir vender e encontrar alguém para juntos estalar antenas e arrumar televisão etc., nunca mais você irá trabalhar para ninguém, em 1994, aqui em Santa Barbara dó Oeste, as televisões chovia mais que nos anos 70 no Nordeste.

E foi o que aconteceu, nunca mais parou, e graças a Deus, tudo que quer fazer dá certo, aos dezesseis anos, ele comprou seu primeiro carro, mas quem dirigia era o amigo que trabalhava junto como ele. Aos dezoito já com sua carta de motorista, sempre muito batalhador e determinado, no terreno nosso, além da garagem, sala, cozinha, quarto e banheiro, montou algo para trabalhar nos fundos da casa, hoje casado, um filho ele continua trabalhando por conta,  obvio! Não mais com antena parabólica, mas graça a Deus, nunca ficou sem serviço, eu só fico triste porque ele não se cuida, por todo sofrimento que ele passou com a perda do pai, sinto que ele precisa de ajuda, mas não adianta falar, engordou muito, vivi só para trabalhar, no fundo medo de morrer e deixar a família como ficamos com a morte do pai.

Não quer sair, nem descansar nem final de semana, é um bom pai, bom esposo, leva o filho onde ele quer ir, a mulher idem, mas dificilmente quer ficar junto. Deus! Todos os dias eu peço, faz meu filho Jorge Fernando, querer se cuidar, ir aos médicos que precisar e tentar ser mais feliz, é muito exigente com ele mesmo.

Como eu acredito, rezo e vivo conversando muito com Deus, eu creio que ele ainda vai entender que tem que pensar mais nele, ajuda todo mundo, quer resolver os problemas de todos, seja de alimentação, saúde, mas nele nunca pensa. Deus proteja meu filho.

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Filhos nossa continuação.

 

Às vezes eu me pergunto! Deus será que eu merecia tanto? Uma coisa eu falo, nunca questionei Deus o porquê de ter levado o meu marido jovem ainda, e apesar, de ter comido o pão que o diabo amassou, após a morte do meu marido, com sofrimento e mesmo com o coração em pedaços, eu sabia que tinha que me erguer, não podia chorar, porque os meus filhos ficavam piores, então tive que ser forte.

O nosso luto é eterno, aliás, seis meses para quem perde alguém especial, é uma escuridão total, doí tudo, mas eu não conseguia entender de onde vinha tanta dor, mas Deus e o tempo, aos poucos foram curando todas as feridas.

       Pelos os meus filhos, eu tive que querer viver, o Cristiano com treze anos, Jorge Fernando, doze anos e Andréa oito, os três estudavam na mesma escola, e diretora e minha amiga, falou, se eles quiserem ficar  quinze dia em casa deixa, mas o Cris falou; o meu pai queria que eu fosse um doutor, então é isso que eu vou ser, Andréa , não, eu vou sim para escola, se eu ficasse em casa e o meu pai  voltasse, mas não, então prefiro ir, já o Jorge Fernando, não ia, mas eu tinha que entender e respeitar.

       Cris sempre amou estudar, aos três anos, ele já sabia o alfabeto, ele entrou direto no primeiro ano, muito inteligente, e só tirava nota máxima, aos dezessete anos e no último ano, em seguida foi fazer um curso de química em Campinas.

 Quase em seguida foi trabalhar de químico numa impressa em Indaiatuba, isso nós morando em santa Barbara d´Oeste, ele chegava meia noite e meia, três e meia, sem quase dormir, levantava coitado, e saia a pé, andava meia hora para tomar o primeiro ônibus para americana, depois campinas, e aí mais um até Indaiatuba, quando terminou o curso de químico, em santa barbara fez o cursinho, ele chegava do trabalho três horas, descansava um pouco e já ia estudar, sete horas ia para o cursinho, no primeiro vestibular passou, e tentou um ano a vida sofrida e ariscada nas pistas, porque havia comprado sua primeira moto.

       Mas graças a Deus, ele conseguiu a bolsa moradia, e mesmo sabendo que ganhava muito bem, me disse; mãe! Eu sei, vai nos fazer falta, mas ou trabalho, ou estudo, obvio eu tinha que entender e apoiar.

Ele saiu do emprego, mas foi trabalhar na biblioteca ganhando uma mixaria, mas assim aproveitava para estudar na biblioteca, já que não tinha como comprar livros, na época já fazia projetos e ganhava algo também, e assim terminou a faculdade, fez a pôs, em seguida o mestrado, daí doutorado, e agora fez pós doutorado.

O Cris nunca me decepcionou, muitas vezes a trabalho, ele viajou e conheceu todos os estados do Brasil, capitais, e muitas cidades, a maioria de moto, conheceu a trabalho, na época do mestrado quase toda América latina, e o último ano do mestrado foi no Recife, aí veio o doutorado, mas muitas vezes já dando aula, e lutou mais conseguiu, e fez o último ano do doutorado em Paris, e mais uma vez, de moto, trem ou avião, ele conheceu quase todos os países da Europa.

Foi a Cuba a trabalho, voltou a Paris e Barcelona a passeio

Logo que voltou já com o diploma, fez um concurso, ele sabia que seria provisório para cobrir um professor que estava doente, foram quase três anos dando aulas numa universidade de Sorocaba perto de campinas, aí fez concurso para o Ceará, passou em primeiro lugar, ele e outa professora, mas por ela ser mais velha e já dá aula na faculdade do Ceará, a escolheram.

 Em seguida fez para universidade de são Luís no maranhão, passou em primeiro lugar, a seis anos mora lá, ano passado foi para Nova Iorque, fazer o pôs doutorado, e de lá, conheceu Boston, muitas cidades e outros países, foi a Jamaica a trabalho, e Canadá conhecer, Conheceu Los Ângelo, São Francisco Chicago, Miami e outras cidades, ao todo ele conhece sessenta e dois países.

É casado, e junto foi a Lívia fazendo o doutorado, meu filho, junto ao caixão do pai com treze anos, ele prometeu que seria um doutor, e hoje é, doutor Cristiano Nunes Alves, hoje me dá uma mesada, é meu amigo, bom caráter, inteligente, determinado e ama os sobrinhos, ajuda muito nos estudos do sobrinho, o filho do Jorge Fernando, Arthur, e agora com o Jonas se precisar não será diferente.

Como não agradecer a Deus de joelhos, Deus é meu pai e sempre esteve e está ao meu lado e dos meus filhos. Vem a do Fernando, aguardem.      

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.


domingo, 6 de agosto de 2023

NAMORAR? HÁ! EU NAMOREI.

 

Gente! Eu namorei bastante, só que no nosso tempo, risos, era namorado mesmo, mas tive uns quatro especiais, foram. Pelo um menos na época, poie é, e como todo jovem acreditava ser o amor eterno, e não, mas ao voltar para Itapetim, em 1973, eu conheci com certeza, o meu primeiro amor, nosso namoro durou uns três anos, eu namorava outros caras, ele outras garotas, mas sempre voltávamos, mas graças a Deus o esqueci, com o meu segundo amor, amém, esse mais velho que eu uns dez anos, isso em 74, acabou por minha culpa, ou não era pra ser, claro.

Depois veio o que futuramente seria meu marido, ele de Itapetim, e apesar de termos  ficado em Itapetim em 71, eu nunca o tinha visto, mas quando eu voltei para Itapetim em 73, ele já tinha ido para são Paulo, mas em 75, o meu futuro marido foi passear em Itapetim, e então nos conhecemos, eu e minhas amigas fizemos uma aposta para ver quem ficava com ele, e mesmo ele estando namorando, eu não pensei duas vezes, o roubei da garota que por sinal era minha prima, essa garota, me esculachou, gritando falou; ela rouba namorado de todas, mas ele só respondeu roubou mais um, vou ficar com ela, mas como ele estava de férias, só ficou uns quinze dias em Itapetim, e sempre comigo.

Logo que ele foi embora, tinha um cunhado do meu primo Luís da penha, que desde que nos conhecemos brigávamos, foi ódio à primeira vista, ele me chamava de feia, e quando eu lavava os cabelos ele dizia; de cabelos molhados é pior, e do nada começou me chamar pelo o nome de uma mulher de vida fácil que tinha em Itapetim, e eu de pirraça o chamava de bicha, aquilo me incomodava, um dia discutimos, fiquei fora de mim e não é que o esbofeteei, depois desse episódio, eu  resolvi ter uma conversa séria com ele, perguntei; você não gosta de mim né?

E ele cínico que só respondeu não, muito menos eu de você meu querido, portanto não somos crianças, então não fale comigo, da minha parte vou fazer de conta que você nunca existiu, e assim fizemos, mas depois que namorei o Crisanto (Guego) e depois que Guego foi embora, eu fazia corações na frente de casa na calçada, e ele apagava, eu fingia que não via, dois meses depois que Guego tinha ido embora, nossa diversão era arrodear (Passear na praça)  uma noite, ao passar no banco onde ele estava, do nada, ele me chamou do nome da mulher de vida fácil, me deu tanta raiva, eu sentei no banco depois do dele e chorei de ódio, o abençoado vinha, ele não era feio, quando foi passado no banco eu gritei, Gay, Bicha enrustida, desgraçado, eu vou te matar e fui pra cima dele, mas não é que ele me beijou, foi incrível,  e o ódio virou paixão, amor não.

Eu perguntei e por que a implicância comigo, não deu pra entender? Eu sempre gostei de você e como você é muita namoradeira e nem via, eu preferi te sacanear, mandei terminar com o Guego e ficamos namorado, mas como eu sabia que são Paulo seria meu destino, e ele não quis ir numa última festa que eu passaria em Itapatim, terminamos, e lá fiquei com um cara, coisas da juventude, eu queria sim aproveitar meus últimos dias em Itapetim, mas o destino, o meu grande amor estava em São Paulo.

 E em janeiro de 1976, vim para Minas Gerais, aonde papai estava trabalhando, depois Rio de Janeiro, e finalmente São Paulo, aonde reencontrei o Guego namoramos quatro anos, e nos casamos.

Mas como Deus dá a vida, com certeza um dia vem nos buscar, e com apenas catorze de anos de casados veio, o buscar de volta, mas não fiquei sozinha, Deus nos presenteou com três bençãos, e por eles que eu fiquei de pé, lutei e sobrevivi, esse ano vai  faz trinta anos que Deus o levou, minhas bençãos são dois homens e uma mulher, de caráter, íntegros, honestos, bons filhos e que souberam agradecer a Deus a vida, estudaram, vivem com dignidade, sabedoria me amam tanto quando os amo, hoje cada qual com seu par, dois netos lindos, e eu? Agradecida a Deus por tudo.  

Ao me deitar e ao levantar, eu agradeço a Deus pela nossa vida, moradia, o pão de cada dia que nunca nos faltou, pela saúde, paz, e pelas três pessoas da santíssima Trindade, pai filho e espírito santo e a virgem Maria, e nossos anjos dá guarda está sempre conosco.

Obrigado Deus por tudo amém.

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.