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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Filhos nossa continuação.

 

Às vezes eu me pergunto! Deus será que eu merecia tanto? Uma coisa eu falo, nunca questionei Deus o porquê de ter levado o meu marido jovem ainda, e apesar, de ter comido o pão que o diabo amassou, após a morte do meu marido, com sofrimento e mesmo com o coração em pedaços, eu sabia que tinha que me erguer, não podia chorar, porque os meus filhos ficavam piores, então tive que ser forte.

O nosso luto é eterno, aliás, seis meses para quem perde alguém especial, é uma escuridão total, doí tudo, mas eu não conseguia entender de onde vinha tanta dor, mas Deus e o tempo, aos poucos foram curando todas as feridas.

       Pelos os meus filhos, eu tive que querer viver, o Cristiano com treze anos, Jorge Fernando, doze anos e Andréa oito, os três estudavam na mesma escola, e diretora e minha amiga, falou, se eles quiserem ficar  quinze dia em casa deixa, mas o Cris falou; o meu pai queria que eu fosse um doutor, então é isso que eu vou ser, Andréa , não, eu vou sim para escola, se eu ficasse em casa e o meu pai  voltasse, mas não, então prefiro ir, já o Jorge Fernando, não ia, mas eu tinha que entender e respeitar.

       Cris sempre amou estudar, aos três anos, ele já sabia o alfabeto, ele entrou direto no primeiro ano, muito inteligente, e só tirava nota máxima, aos dezessete anos e no último ano, em seguida foi fazer um curso de química em Campinas.

 Quase em seguida foi trabalhar de químico numa impressa em Indaiatuba, isso nós morando em santa Barbara d´Oeste, ele chegava meia noite e meia, três e meia, sem quase dormir, levantava coitado, e saia a pé, andava meia hora para tomar o primeiro ônibus para americana, depois campinas, e aí mais um até Indaiatuba, quando terminou o curso de químico, em santa barbara fez o cursinho, ele chegava do trabalho três horas, descansava um pouco e já ia estudar, sete horas ia para o cursinho, no primeiro vestibular passou, e tentou um ano a vida sofrida e ariscada nas pistas, porque havia comprado sua primeira moto.

       Mas graças a Deus, ele conseguiu a bolsa moradia, e mesmo sabendo que ganhava muito bem, me disse; mãe! Eu sei, vai nos fazer falta, mas ou trabalho, ou estudo, obvio eu tinha que entender e apoiar.

Ele saiu do emprego, mas foi trabalhar na biblioteca ganhando uma mixaria, mas assim aproveitava para estudar na biblioteca, já que não tinha como comprar livros, na época já fazia projetos e ganhava algo também, e assim terminou a faculdade, fez a pôs, em seguida o mestrado, daí doutorado, e agora fez pós doutorado.

O Cris nunca me decepcionou, muitas vezes a trabalho, ele viajou e conheceu todos os estados do Brasil, capitais, e muitas cidades, a maioria de moto, conheceu a trabalho, na época do mestrado quase toda América latina, e o último ano do mestrado foi no Recife, aí veio o doutorado, mas muitas vezes já dando aula, e lutou mais conseguiu, e fez o último ano do doutorado em Paris, e mais uma vez, de moto, trem ou avião, ele conheceu quase todos os países da Europa.

Foi a Cuba a trabalho, voltou a Paris e Barcelona a passeio

Logo que voltou já com o diploma, fez um concurso, ele sabia que seria provisório para cobrir um professor que estava doente, foram quase três anos dando aulas numa universidade de Sorocaba perto de campinas, aí fez concurso para o Ceará, passou em primeiro lugar, ele e outa professora, mas por ela ser mais velha e já dá aula na faculdade do Ceará, a escolheram.

 Em seguida fez para universidade de são Luís no maranhão, passou em primeiro lugar, a seis anos mora lá, ano passado foi para Nova Iorque, fazer o pôs doutorado, e de lá, conheceu Boston, muitas cidades e outros países, foi a Jamaica a trabalho, e Canadá conhecer, Conheceu Los Ângelo, São Francisco Chicago, Miami e outras cidades, ao todo ele conhece sessenta e dois países.

É casado, e junto foi a Lívia fazendo o doutorado, meu filho, junto ao caixão do pai com treze anos, ele prometeu que seria um doutor, e hoje é, doutor Cristiano Nunes Alves, hoje me dá uma mesada, é meu amigo, bom caráter, inteligente, determinado e ama os sobrinhos, ajuda muito nos estudos do sobrinho, o filho do Jorge Fernando, Arthur, e agora com o Jonas se precisar não será diferente.

Como não agradecer a Deus de joelhos, Deus é meu pai e sempre esteve e está ao meu lado e dos meus filhos. Vem a do Fernando, aguardem.      

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.


6 comentários:

Anônimo disse...

Que história de vida tão inspiradora. Parabéns Darc pelo seu filho que cada dia mais o Senhor abençoe a vida de vocês. Um abraço. Lúcia Sobral 😍👏👏👏👏

Anônimo disse...

Amo suas histórias 🤩👏👏👏👏

Anônimo disse...

Obrigada minha querida, Deus abençoe vc e sua família Darc

Anônimo disse...

Obrigada de coração

Anônimo disse...

Parabéns Joana D’arc mulher guerreira de uma história linda, que Deus te abençoe junto aos teus!! Te admiro demais.

Anônimo disse...

Que maravilha ❤️❤️❤️❤️ obrigada