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sábado, 14 de dezembro de 2024

QUE VIDA TERRIAMOS

 

 

Como amo escrever e ficar imaginando milhões de coisas, hoje pensando cá com meus botões, eu me pequei me perguntando como seria nossas vidas, minha e dos meus irmãos, se nossos pais, nascido no início do século vinte, eles tivessem resolvido nos criar na inchada e sem estudo, como estaríamos?  É porque muitos que nasceram na mesma época, os pais pararam no tempo e derem aos filhos a mesma criação, eu convivi com pessoas nascida na época dos meus pais e minha, sem estudo, ignorante e sem saber assinar o nome, isso é fato.

 Graças a Deus, tanto meus avós paternos como maternos, eles deixaram os filhos estudar lhes dando o direito a uma vida diferente, quando os meus pais se conheceram, ambos tinham um pouco de estudo, os dois, eles nasceram e foram criados em sítios, mas longe um do outro,  obvio numa pobreza que eu nem imagino, apesar que os meus avós paternos tinha uma situação melhor, como se diz, Deus e o destino quis, o meu pai era muito esforçado e além de estudar, como era muito bom em português e matemática desde treze anos já trabalhava num armazém chamado de bodega, no povoado perto do sitio.

Nessa época existia garimpos, os responsável pelo garimpo, eles iam fazer compra onde papai trabalhava e vendo o quanto ele era inteligente, o convidaram para trabalhar no escritório do garimpo, papai com uns dezoito  anos, quanto a minha mãe, o seu irmão tinha uma cantina no tal garimpo, mãe com quinze anos, ela sempre ia ajudar o seu irmão, foi assim que ela e papai se conheceram jovens, mas como em toda época os dois, não satisfeito só em namorar, papai muito safadinho engravidou minha mãe, ela dezoito e ele vinte e um anos, daí casados o que mais sabiam eram fazer filhos, um atrás do outro, fomos em treze filhos, quanto à o meu avó paterno, morando na cidade,  isso eu não sei contar como conseguiu, obvio era muito inteligente e tinha estudo, ele era Tabelião e tinha seu próprio cartório, como papai nunca gostou de serviço braçal, então trabalhava com meu avó, acredito que o ganho era pouco, então papai foi se aventurar e resolveu trabalhar em outros estados, como ele tinha um pouco de estudo e era muito inteligente, conseguiu trabalhar de mestre de obra, assim levou muitos conterrâneos para trabalhar ao seu lado.

Isso na construção de Brasília, quanto a nós morando no sitio, papai vinha todo ano, sempre que vinha mãe ficava gravida, minha mãe criava vacas, porcos e galinha, fazia muitas hortas, enfim mãe dava seus pulos, sem contar que naquela época chovia mais, então papai contratava homens para trabalhar nas roças, papai aproveitou todas as chances e oportunidades que Deus lhe deu.

Papai como homem sábio, inteligente e de visão, ele resolveu que os filhos teria sim um futuro melhor, as primeiras filhas, elas foram estudar na cidade na casa dos nossos avós paternos,  com o passar dos anos eu com dezesseis anos, papai comprou uma casa na cidade  onde eu já estudava, indo e vindo com meu o meu irmão, a cidade que meus avós moravam, então nos mudamos todos, no início foi difícil, já que no sítio tinha mais recursos por conta de tudo que mãe criava e fazia, papai deixou alguém tomando conta de tudo, mas jamais foi a mesma coisa, então todos fomos estudar e vivermos uma vida, não digo maravilhosa, mas um pouquinho melhor, eu sair do Nordeste e vim para são Paulo com dezessete anos, como era muito aventureira e não sabia o que queria nunca estudei direito, mas ainda assim tive bons momentos e vivi intensamente, bom se vocês querem saber o que eu imaginei se não tivéssemos saído do sitio não perca a segunda parte da história.

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

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