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sábado, 29 de julho de 2017

O TEMPO PASSA E NADA MUDA P.2

Além de todo esse aperto que passávamos, as casas eram muito pequena, e até hoje eu me pergunto como conseguíamos viver em casas tão pequena com tantas crianças.
E os moveis? Não tínhamos, lembro-me de uma mesa com banquinhos na cozinha, uma máquina de moer milho, um armário feito de tabua, e tijolos para escorar as madeira, o fogão a lenha e alguns potes.
Na outra sala uma mesa com tamboretes, potes e mais nada, o quarto da minha mãe uma cama de casal com coxão de capim e malas feito baú, para guardar nossas imensas roupas.
As redes ficavam penduradas nos ganchos e a noite era redes por todo lado, outro quartinho que mal cabia uma caminha e uma mala, e a noite duas redes.
E ainda tinha outra sala com uma máquina de costurar manual, onde minha mãe fazia nossa roupas, e alguns tamboretes, e isso era na maioria das casas no sitio. 
Lembro-me que andávamos horas para encontrar gravetos para cozinhar no fogão a lenha, lenha mesmo era difícil encontrar o banheiro ao relento, e como no sul faziam, no Nordeste dificilmente faziam, me refiro aos chuveiros em lata, para puxar com cordinhas, e sabe por que?
Porque no Nordeste sempre teve essa escassez de água, então o jeito era guardar água num pote fora da casa, e depois usar a bacia e a caneca.
Mais ainda assim, andávamos limpos e de dentes escovados mesmo que muitas vezes com pó de juá, lavar roupas, as vezes andávamos horas para conseguir água, isso no sitio, já na cidade tinha uma grande barragem, mais também não era fácil, e para quem não podia pagar o carroceiro, tinha que levantar muito cedo para encher os potes e depois voltar e lavar as roupas, que foi o nosso caso.

Pois é minha gente, e mesmo a vida de todos nós tendo mudado, o mundo e as pessoas continuam do mesmo jeito, gente egoístas, safadas, desonestas, e uns querendo sempre, se achar o melhor.
Hoje acho que não existe um pobre que não tenha televisão, e carro? A maioria tem, e nem assim o mundo mudou.
As pessoas são mais revoltadas, os jovens por qual quer motivo já entra em depressão, e alguns resolvem ir mais além, e, para extravasar usam todos tipos de drogas.
E você, coitado! Tem medo de abrir o seu portão para qual quer um, as vezes você sai na frente da sua casa para varrer sua calçada e vem um grupinho de jovem, e você morre de medo, isso por que eles fumam e se drogam na rua mesmo.
E mesmo com tantos divertimentos e acessos a tantos meios de comunicações, os jovens não são felizes, e procuram sempre algo pior para infernizar a vida dos pais, e da população em geral.
E os políticos, os nossos governantes, os poderosos que lutam para se eleger, sempre nos prometendo mundo e fundos, esses são os mais safados, e nada faz para manter nossa segurança e dignidade, com saúde, moradia e emprego, ao contrário, como sempre, roubam, maltrata e pisam em tudo e em todos, e estão sempre procurando uma forma para enganar mais e mais.

Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira


sábado, 15 de julho de 2017

O TEMPO PASSA E NADA MUDA.

São sempre os mesmos problemas, crises econômicas, falta de dinheiro, desemprego, moradia, pobreza, miséria, brigas, ganancia, egoísmo, falta de caráter, honestidade e principalmente falta de amor a Deus e ao próximo.
Sempre foi assim e sempre será, pessoas destrutivas e que só ver seu próprio umbigo, anos atrás, a única diferença era que algumas pessoas mesmo lhe faltando tudo conseguia ser feliz.
Além de comer, e se vesti mal, ainda assim eram felizes com suas brincadeiras inocentes, e namoros imaginários.
  Os que moravam em sítios ou pequenos povoados, sete horas da noite, acendiam seus candeeiros ou vela, os que morava em cidades pequenas nem luz elétrica existia, e tinha a motor, dez horas da noite todos tinha que acender seus candeeiros ou lampiões.
O banheiro em sítios era uma moita de mato, e para se limpar folha, ou sabugo de milho, o banho era de cuia, ou nos rios.
A noite era o pinico, e triste dos pais que os filho faziam xixi na rede, ou sofrimento! Camas só para os casais.
Então a criança passava o resto da noite gelado, ou ariscava pegar o pequeno lençol de saco que se cobrir para forrar a rede, e ai ficava dormindo descoberto.  
Isso quando a rede de tão velha não se rasgava e você caia no chão, não tenho vergonha de dizer isso aconteceu comigo.
E quem pensa que recém-nascido usava fralda, enganou-se, feliz de quem podia comprar chita e fazer paninhos (cueiros) se não tinha que se contentar com resto de pano velhos.
 O engraçado era que nem assim, os filhos cresciam revoltados e apelávamos para roubar, ou fumar algum tipo de cigarro.
Roupa, felizes de quem tinha duas mudas, e sapato? Feliz de quem tinha um chinelo, na cidade o banheiro era uma casinha precária fora da casa, e banho de bacia, final dos anos sessenta, eu acredito que tudo foi mudando, e já existia em algumas cidades luz elétrica, e um chuveiro, bem vagabundo.
E, obvio quem podia, tomava café da manhã, almoçava e jantava, mas a maioria só lasqueira mesmo, mas se uma coisa sempre existiu, foram pessoas, pisando e se achando melhor uns que os outros.
Isso passa anos, décadas e séculos e o povo não muda, mesmo alguns atravessando e passando momentos triste na vida, o nariz continua pra cima.
Final do mês tem a continuação.

Joana D,arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.


sexta-feira, 7 de julho de 2017

PERDER ALGUÉM ESPECIAL.

Quem nunca perdeu jamais saberá do que irei falar, e ainda mais, se você não crê em Deus, não tem fé no amor e na importância de Deus nesse momento, meu filho! Fica impossível.
Quando eu perdi o meu marido a vinte e três anos atrás, Deus não me abandonou um só momento, e com seu amor, suas mãos fortes me amparando me fizeram seguir em frente e ficar de pé.
Sofri muito, e não por sido uma má esposa ou acreditar que eu, ou ele, merecíamos algo assim, sofri por que eu me senti nua, sem vida e sem chão, afinal de contas eu havia ficado com três filhos, sendo dois adolescentes e uma criança.
   Mas Deus, esse não deixou que eu caísse, e mesmo sabendo da minha situação financeira colocou verdadeiros anjos na minha vida, e, enviou pessoas do bem para me ajudar, e o mais importante meus pais e irmãos.
Nessa hora quem tem muito dinheiro não sabe como é difícil, além de perder um ente querido tem a dor de pensar o que será da vida dos seus filhos.
 Hoje mais uma vez estou sentindo como é bom ter Deus ao meu lado, Ariadne não saiu de mim, mas foi tão importante e especial como os meus filhos são.
E minha pequena grande Guerreira e principalmente Deus, estão me dando todo apoio e força que eu jamais imaginei sentir, e mesmo tendo perdido alguém tão especial não me sinto perdida, é como se tivesse ganhando mais um grande aliado no céu.

Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.