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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

POEMA DE NATAL, DE ALDEMAR PAIVA.



Eu não gosto de você Papai Noel! Também não gosto desse seu papel de vender ilusão pra burguesia. Se os meninos pobres da cidade soubessem o desprezo que você tem pelos humildes; pela humildade, eu acho que eles jogavam pedras em sua fantasia.

Faz muito, talvez você não se recorde mais, eu cresci me tornei rapaz, sem nunca esquecer daquilo que passou... Eu lhe escrevi um bilhete pedindo o meu presente... a noite inteira eu esperei contente... Chegou o sol, mas você Papai noel, não chegou. Dias depois meu pobre pai cansado me trouxe um trenzinho velho, enferrujado, pôs na minha mão e falou:Tome filho, é pra você. 

Foi Papai Noel que mandou! E vi quando ele disfarçou umas lágrimas com a mão. Eu inocente e alegre nesse caso, pensei que meu bilhete, embora com atraso, tinha chegado em suas mãos no fim do mês. Limpei-o carinho, dei corda, o trenzinho partiu, deu muitas voltas... O meu pai então sorriu e me abraçou pela ultima vez. O resto eu só pude compreender depois que cresci e vi as coisas com a realidade.

Um dia meu pai chegou assim pra mim como quem tá com medo e falou: -Filho, me dá aqui seu brinquedo, eu vou trocar por outro na cidade. Então eu entreguei o meu trenzinho quase a soluçar, como quem não quer abandonar, um mimo que lhe deu quem lhe quer bem.

 Eu supliquei... Pai! Eu não quero outro brinquedo, eu quero meu trenzinho... Não vai leva meu trem, pai...! Meu pai calou-se e de seu rosto desceu uma lágrima que até hoje creio tão pura e santa assim só Deus chorou, ele saiu correndo, bateu a porta assim, como um doido varrido. A minha mãe gritou: -José! José! José... Ele nem deu ouvido, foi-se embora e nunca mais voltou...

Você! Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou...Sem pai e sem brinquedo, afinal, dos meus presentes não há um que sobre da riqueza de um menino pobre, que sonha o ano inteiro com a noite de Natal! Meu pobre pai, mal vestido, pra não me ver naquele dia desiludido, pagou bem caro a minha ilusão... Num gesto nobre, humano e decisivo, ele foi longe demais pra me trazer aquele lenitivo; tinha roubado aquele trenzinho do filho do patrão! Quando ele sumiu, eu pensei que ele tinha viajado, só depois de eu grande minha mãe em prantos me contou... que ele foi preso, coitado! E transformado em réu. Ninguém pra absolver meu pai se atrevia. Ele foi definhando na cadeia até que um dia, Nosso Senhor... Deus nosso Pai...Jesus, entrou em sua cela e o libertou  para o céu. 
Eu também não gosto do Papai Noel, e me desculpem os meus amigos, jamais inventei uma historia dessa aos meus filhos, Papai Noel como Aldemar paiva no seu lindo poema retratou é simplesmente uma ilusão, que para os pais que nem um emprego tem para por uma comida na mesa, sofre vendo a esperança nos rosto do seus filhos ansiosos esperando o tal presente desta mentira chamada Papai Noel.
 Joana D'arc Nunes de Araujo Alves Ferreira.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PAIS, FILHOS E IRMÃOS.


Você já parou para pensar como, e o que significa a palavra irmão? Ás vezes eu me pergunto, o que Deus queria, quando resolveu que tantas pessoas, nascessem dos mesmos pais e se tornassem irmãos.

Não gente! Definitivamente eu não sou louca, mas tem horas que eu me pergunto, como Deus  fez irmãos, sendo pessoas tão diferentes?
Muitas vezes você se dar melhor com estranhos, me refiro a irmãos, por parte de Deus, irmãos de sangue alguns são verdadeiros inimigos.
Com isso eu não estou querendo dizer que comigo acontece assim, ao contrario me dou muitíssimo bem com os meus irmãos.
Lá em casa éramos treze irmãos, morreram dois ainda pequenos, e depois uma já adulta.
Quando éramos crianças, adolescentes, e já moças com brigas e tudo dava para encarar, mais adultos, casados e morando longe um do outro, não é fácil, as divergências? Obvio! Existem.
Por que cada um tem seu problema, seu mundo, sua vida, seus filhos, e seu jeito de viver, na verdade, muitas vezes nos sentimos estranhas uns com os outros, é difícil saber, o que o outro realmente pensa ao seu respeito.
Porém graças a Deus na minha família ninguém matou ninguém, e quando falo família não me refiro só a pais e filhos, falo nossa família Paterna e Materna.
Mas se tem algo que um irmão de sangue, jamais o abandona e fica ao lado um do outro para o quer der e vier, é quando um dos irmãos precisa de ajuda, seja financeiro, familiar, ou particular, nessa hora sempre podemos contar uns com os outros.
Quer dizer, nem todos os irmãos, que lástima! Como seria bom se o amor falasse mais alto sempre, perdoe-me se sou realista, porém é assim que sinto e vejo os seres humanos, com defeitos, egoísmo, e muitos, com falsidade.
Hoje! Nem os pais e filhos se entendem, pais, matam filhos, e vice e versa, e toda hora á todo instante vemos essa triste realidade, o que falta nos acontecer?
O povo anda todo doido, ninguém escuta uns aos outros, nada de dialogo, as pessoas não se entendem, o que mais se ver são pessoas estressadas, se matando, se odiando e se pegando por qualquer bobagem.
Deus! Como e onde vamos parar? Que mundo é esse, onde, pais, filhos, e irmãos, muitas vezes não sabem mais conversar, nem o que significa a palavra amor.
 Dialogo e amizade, são palavras feias, hoje mais parecemos que vivemos numa Guerra, onde o egoísmo tomou conta de tudo.
Que pena! É lamentável.

Joana D'arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.