Outro dia conversando com uma prima
muito querida, nós nos pegamos falando do passado, obvio! Muita gente,
principalmente os jovens, além de não acreditar que não tivemos uma vida antes
deles existiram, acha que nós não tivéssemos uma história muito menos fomos
crianças. O mais engraçado, alguns até os doze anos nos escuta me refiro aos
netos, depois começa a nos ignorar.
Os jovens esses que não nos conhecem,
acredito que na cabeça deles somos invisíveis, aliás, se não nos cuidarmos nos
atropela seja a pé, de carro ou bicicleta.
Mas com certeza tivemos uma linda
história, nem todos, muitos que nasceram como eu, nos anos cinquenta mal sabe ler,
escrever e falar corretamente, não tiveram direito a educação, comunicação
muito menos divertimento.
Graças a Deus, eu fui muito feliz
mesmo, apesar de nascer no interior de Pernambuco e num sitio, eu posso dizer
fui feliz, aos seis anos já estudava, aos doze fui estudar na cidade, indo de
cavalo, mas ia.
Passeava muito, ria, tinha muitos
amigos e obvio namorei, dancei, fui sim feliz, as minhas melhores amigas
primas, mas eu sabia fazer amigos.
O melhor por qualquer motivo me sentia
viva, como passar férias nas minhas primas mesmo sendo sitio, tomar banho de
barragem, cachoeiras e rios.
Para gente tudo era motivo de alegria,
brincar de rodas, pular academia (amarelinha) sim pensava em namoros, mas
também soubemos aproveitar nossa adolescência com risos e brincadeiras
inocente.
Hoje alguns jovens sentem pena dos
idosos, mas nós sim é que sentimos deles, a maioria não sabe viver, escutar uma
boa música, e brincar? Coitados, hoje com as redes sociais, internet, muitas
vezes juntam alguns amigos, mas nem falar sabe, é cada um no seu celular. Deus abençoe nossos jovens e o mundo de hoje.
Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira