Hoje com 6.8 eu fico imaginando será que eu teria feito algo diferente na minha vida? Com certeza sim, só não mudaria jamais minhas origens e família, amo de onde vim e como vivi, e se não sou assim tão perfeita, não foi culpa da família, eu mesma cometi meus erros.
Mas com certeza eu teria estudado mais,
viajado, e aproveitado bem mais a vida. Graças a Deus, digo para nossa época eu
vivi intensamente, eu vim pra São Paulo aos dezessete anos, passeie muito e
conheci outras capitais aqui no sul, quer dizer fui feliz, fiz muitas amizades
e me diverti bastante. Apesar de ter vivido nos anos sessenta á oitenta onde
muito jovens eram reprimidos, e principalmente os mais pobres que não tinha
chances nem de estudar, nossos pais fizeram questão que todos fossem alfabetizados.
Eu tive liberdade de vim pra São Paulo bem
jovem, os meus pais nunca nos proibiram de sermos felizes, fui festa, namorei
muito, ri demais e soube dar valor a minha liberdade sem fazer bobagem, e hoje
conversando com pessoas da minha idade vejo o quanto fui feliz, muitos nem
estudar tiveram chance, imagina namorar e dançar, alguns se cassaram com seus
primeiros namorados.
A nossa vida vem traçada desde que nós
viemos ao mundo, eu acredito que nem nós mudamos o nosso destino mais podemos
fazer tudo ficar mais leve, vivendo sem passar por cima dos outros. As escolhas
são nossas, às vezes erramos muito, e não só por inexperiência mais por burrice
também, dai vem alguns arrependimentos, mas tarde demais.
Sinceramente eu sou feliz, tinha alguns
sonhos, além da minha família, um neto, andar de avião e que alguém lesse o que
escrevo, pois num é que consegui OBA!
Queria publicar alguns livros, mas não deu
então me contento que algumas pessoas entrem e leia meu blog, eu mesma fiz,
claro para melhorar tive ajuda de duas amigas, mas a verdade, eu mesma quem
fiz.
E se erro? E como, mas o mais importante
eu não desisto, e mesmo que vinte pessoas entrem por mês no blog, eu me sinto
privilegiada e feliz.
Já vivi muito, tive momentos maravilhosos,
nunca deixei a tristeza me levar, ao contrario eu levo a tristeza para longe de
mim, rindo, me divertindo com meus próprios defeitos, já fui jovem, bonita e
com tudo em cima, e mesmo me faltando tantas coisas era feliz, hoje já tenho
uma vida melhor, mas ai me falta saúde, beleza e firmeza no corpo gordo e
cansado, mas na vida não temos, e nem somos totalmente feliz, queria conhecer o
mundo, hoje posso, mas a saúde não me permite e o meu corpo e pernas não são as
mesma, mas a vida é assim quando podemos não temos condições e quando temos
condições nossos corpos não nos deixa, portanto vamos ser feliz como e quando
podemos, há e nada de reclamar ou deixar a tristeza nos levar.
Eu tive amigos falsos, invejosos, fui
decepcionada, odiada, já fui muita magoada e esquecida por pessoas que
admirava. Fiz amigos bons e verdadeiros, amei e fui amada, levei e deixei
saudades, esqueci e fui esquecida, tive altos e baixos, momentos bons e ruins,
chorei de saudades, perdi pessoas queridas, sobrevivi, a verdade é uma só,
muitas pessoas, hoje nas redes sociais te segue, mas se conta nos dedos quem
realmente curte você. E quanto aos amigos? Perdão. Esses eu conto, meus amigos
de infância a maioria primos, e ate hoje tenho e me orgulho de todos, no
decorrer dos anos fiz alguns por onde passei e tenho comigo no meu coração.
Joana D’arc Nunes de Araújo Alves
Ferreira.