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quinta-feira, 11 de maio de 2023

ESCREVER ME FAZ BEM 2

 


                            
                             A NOSSA CASA DO SITIO.                                                                                                                                    ESCREVER ME FAZ BEM 2

A nossa casa do sitio, sim era de tijolo, por alguns anos nós moramos na casa que nossos avós paternos, por anos moraram, e com muita garra e dedicação papai comprou o sitio vizinho aos nossos avós, aí construiu três comandos, ao lado já feito tinha um salão, que seria para guardar mantimentos da roça, era feito de taipa, e ali por um bom tempo foi nosso quarto, apesar de ser no mesmo terreiro (quintal sofríamos, além de só irmos quando mãe organizasse tudo, muitas vezes com chuva.

Na verdade, era dois pequenos quartos, um cabia a cama da nossa mãe, o outro era maiozinho, obvio! Todos nós dormíamos em redes, mas logo que deu papai mandou fazer mais um quarto, a cozinha e uma pequena dispensa.

O quarto da nossa mãe era maiorzinho, e além da cama, cabia dois baús e uma rede, o que antes mãe dormia só cabia uma cama de solteiro, uma rede, e um baú para guardar nossas poucas coisas, e o resto da cambadinha dormiam todos em redes nas duas pequenas salas.

 Não, nós não éramos miseráveis, mas tão pobre quanto Jô, a casa sem moveis, um fogão a lenha, aí mãe improvisou uns armários de tabua e tijolos, uma mesa feia! E uns tamboretes. (Banquinhos) para colocar águas, potes, cozinhar panelas de barros, depois mãe comprou seis cadeira para sala, ficamos parecendo ricos.

 O mais triste era quando alguma rede se rasgava, isso de madrugada, coitada da nossa mãe! Lá ia ela costurar a rede, e o pobre a qual a rede se rasgava no chão frio esperando a rede ser costurada.

Agora o pior momento era quando aparecia uma visita indesejável, meu Deus!  E como eu era a mais velha em casa sobrava tudo pra mim, mãe me chamava no terreiro (quintal) e me mandava ir à vizinha pedir uma rede emprestada, muitas vezes anoitecendo.

Mas desgraça pouco para pobre é fichinha, parecia tentação, sempre chegava uma praga para dormir, e lá ia eu, isso num sitio, por dentro dos matos, um dia, depois de meses buscando a tal rede, a noite buscava, pela manhã devolvia, a dona da rede falou; minha filha o melhor é ficar com a rede lá, na verdade, ela morria de dó de mim, mas eu fiquei muito triste, o cão atentou no mesmo dia, a noite chegou um infeliz para dormir, a minha mãe olhou pra mim e eu já disse, eu não vou, tadinha de mãe; vai Joana Darc, e eu, não. Mas fiquei com pena de mãe e fui, Mãe disse que quando me viu chegando com a rede a vontade foi de chorar com pena de mim e pela situação.

Nunca passamos fome, mas ou vidinha difícil, vocês podem pensar, mas o seu pai não mandava dinheiro, sim, mas além de pagar trabalhadores tínhamos que comer, o resto como roupas, moveis ficava em segundo plano ainda tinha as meninas na cidade e ele ajudava com a despesa delas.

E mesmo assim, eu fui feliz, o meu, passa tempo preferido, além de ajudar minha mãe, era desafiar o perigo, mexia com cobras, subia em pês de coco, claro para tirar coco, mangas e até um pé de coco catolé, esse era muito alto e perigoso.

Brincar, brigar e por apelido em todo mundo, principalmente nos meus irmãos.

 Por exemplo, Tereza, a mais velha, por ser muito brava e quando vinha no sitio era engolido os irmãos, eu a chamava de (FERA) a outra Bernadete, ZOIÃO) o meu irmão Erasmo, (FURICA-CALIFOM) Socorro (CIBITA e GRILA) Niceia( NEGA DA CARONA) Jorge (PITER DA (JEGA) Laurizete (HELENA DE PITER OU MANSIDAO)  Maysa (MARIA MAGRA E IZABEL BRABO)eles me chamavam de (FOGAO) ai um vizinho falou; não, ela é asa de couro, mãe quis saber porque, e ele, ela nunca cansa, ajuda todo mundo e sempre sorrido e correndo, nunca diz não. Foi um elogio né?

  E com doze anos, junto com meu irmão de treze anos, nós fomos estudar na cidade, só que íamos num cavalo, estudava de uma hora da tarde, as cinco. Na verdade, a cidade era uns vinte minutos, pertinho, o meu irmão só andava correndo, eu vendo a hora morrer de uma queda do cavalo, quer dizer os dois, os vizinhos, eles fofocavam para papai, mas era perdido ele só andava feito um louco, mas geralmente quando eu ficava na casa da minha avó materna. Até a próxima semana.

Joana Darc Nunes de arauto Alves Ferreira

5 comentários:

Anônimo disse...

Eita Darc era um tempo cheio de dificuldades, mas mesmo assim era todos felizes não era? Amando suas histórias 👏👏👏👏😘😍

Anônimo disse...

Lúcia Sobral☝️☝️

Anônimo disse...

Maravilha obrigado pena n tem seu nome, mas valeu

Anônimo disse...

Deus abençoe vc 🙏🙏🙏🙏🙏

Anônimo disse...

Que relíquia! Aguardando o desfecho.kkkk