Um ano de saudade,
vazio, falta e muitas lembranças, e no fundo fomos privilegiados por que temos
do que lembrar, e são lembranças boas, risadas gostosas, piadas, brincadeiras e
anos vividos, com alegria, otimismo e muita animação.
Você minha doce,
levada, sapeca, risonha e incansável Ariadne, minha pequena grande estrela
Guerreira, na verdade, Deus, estava nos preparados, pois é, papai do céu queria
sua alegria junto aos anjos, foram só vinte e um anos, mas que eu me lembro de
cada momento com carinho e muito amor.
Eu acompanhei a
gestação da sua mãe com ansiedade, eu estava passando por uma fase muito
difícil, Deus então mandou você para tornar a minha vida animada e com sua
inocência você alegrou não só a minha vida como aos dos meus filhos.
Com amor eu cuidei de você desde que você e sua
mãe deixaram o hospital, eu te vi crescer, dizer suas primeiras palavras, dar
seus primeiros passos, depois andando e correndo aqui pra casa, era tanto amor,
cumplicidade e carinho de nós duas, eu e sua mãe, resolvemos abrir um
buraco nos nossos muros, para você passar.
E de coração agradeço
aos seus pais nunca ter nos separados, foram tão bons pais, como meus grandes
amigos.
Você nos aprontava
cada uma, e se dizíamos não, era perdido, tudo de errado você fazia, e como eu
dizia, não sobe ali, acolá, não, isso não pode se não você vai pro beleleu, você fazia, e
quando estava nos seus apuros gritava; Dadá estou indo pro Beleleu.
E eu ao invés de
ficar brava achava lindo, isso se repetia várias vezes ao dia, o mais
engraçado era os meus filhos, eles, nunca tiveram ciúmes de você comigo, ao contrário
eram loucos por você, eu sei que existe pessoas que se pergunta o porquê desse
amor, de fotos postada, vídeo e nunca deixar de falar de você, eu respondo, amor de
mãe, por uma pessoinha que foi tudo na minha vida, você meu amor, eu não
esqueço jamais.
Ariadne minha
princesa, você foi tão especial e inesquecível, que nos preparou até para sua
morte, e mesmo com uma doença grave, sentindo dores, além de não reclamar,
estava sempre com um sorriso no rosto e tentando nos animar.
Muitas vezes eu me
desesperava e dizia, reclama Ariadne, diz alguma coisa, grita xinga, e você
dizia reclamar do que Dadá, e sorria, eu percebia era um sorriso triste, mas
para nos alegrar cantava hinos, ria, contava piadas.
Então todos nós, que te amava e ficamos ao seu
lado, resolvemos fingir que estava tudo bem, não foi fácil ver você morrendo
aos poucos, e hoje um ano depois, o meu, o nosso digo o coração de quem amava
você, continua doendo muito, sentindo saudades das suas risadas, do seu
otimismo e vontade de viver.
Deus sabe por que
tudo aconteceu, a nós só cabe tentar entender, mas que Deus fique certo, está
sendo muito difícil, as vez eu chego a imaginar que estou vivendo dentro de um
sonho ruim, mesmo sentindo sua falta, desejo que você descanse em paz, e que se
for a vontade de Deus ainda nos encontremos, adeus minha guerreia Ariadne,
enquanto eu viver você viverá nas minhas lembranças e coração.
Joana D’arc N. Araújo A. Ferreira sua
Dadá
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