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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

RUGAS.

 

Existem vários tipos de rugas, algumas saudáveis, e essas são de pessoas que viveu bem e traz na bagagem muita sabedoria e maturidade, ai existe aquela que você percebe que é de sofrimento, de alguém que lutou sofreu todo tipo de preocupação e humilhação, daí vem a de pessoas frustrada, mal amada que guarda magoa de tudo, e sabe como você define todas? Primeiro o olhar e a pele, segundo, quando você conversa com a pessoa e escuta suas primeiras palavras.

A de sabedoria, elas são construtivas, alegres e que você gosta de ouvir por horas, são historia que te faz sonhar, e você chega a imaginar que está vivendo na mesma sintonia e época, cada ruga daquela vale a pena ser lembrada.

A de sofrimento, o seu olhar é mais apagado, triste mais ainda assim você ver esperança e bondade de alguém que não desiste de sonhar e acreditar em Deus.

Ai vem da pessoa negativa, no primeiro assunto que você tem com esse ser já nota, raiva, ódio, sempre destorcendo tudo, nunca está satisfeita com nada, e se lembra do passado! Ai sim desenterra ate defunto, é por alguém fez isso comigo fulano fez aquilo, e se você diz mais passou, imagina aquele cão vai pagar, moral da historia reclama se chove ou faz sol.

 

Eu desde pequena me identifiquei e amava conversar com pessoas mais velhas, adorava escutar suas historias, seu passado e sua trajetória de vida e ficava me imaginando na época delas.

Eu tinha uma tia falante, ela amava contar historia, eu ia dormi na sua casa só para escutar ela contando suas historias, muitas acredito hoje que eram inventadas ou tiradas da sua imaginação, ou ela sonhava e queria ter vivido, daquela forma (tia Liquinha) Isso contando e fumando um cachimbo, eu sufocando com a fumaça mais amado suas historias.

Já aqui em Santa Barbara e mais velha, eu convivi com duas senhoras lindas, mãe e filha, as duas me encantavam com suas histórias, a filha d Flor, e a mãe d Joana, quando eu a conheci, ela tinha um setenta e poucos anos, as duas  morreram á treze anos atrás, com diferença de um mês, ela com 105 anos, e a filha uns oitenta, ela contava cada historia da sua vida e eu babava. Essa sofreu muito mais nunca reclamava.

É uma pena, hoje são poucos que gosta de escutar conversa de pessoas mais velhas, eu admiro o meu neto, ele gosta de me ouvi, é muito curioso e apesar de nunca ter vistos meus pais, meu pai já morreu, mas segundo ele ate já sonhou com o biso de tanto eu falar, e do avô, então! Ama quando falo dele, mas se emociona muito. Ele teve o privilegio de conhecer seus bisavôs, materno e tataravó materna, o alguns ainda vivos.

Eu acredito que as rugas fazem parte e todos temos que aceitar, já fomos bebê, criança e feliz, e quem consegue viver ate as rugas surgirem, devem sentir sim felicidade, por é sinal que Deus deixou você viver ate você entender e aceitar a vida como ela foi para você. Abençoadas rugas.

 

Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

Um comentário:

cida disse...

Joana na mesma hora q vi, sabia que a tia era tia Liquinha, tanto ela quanto padrinho Sabino contava tanta historias de rei, princesas e de um chamado João ou Pedro Malazarte? era um nome assim...Quanto tempo...