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sábado, 3 de outubro de 2020

QUEM TEM MAIS DE SESSENTA VAI GOSTAR.

  

Quem tem mais de sessenta anos, vai identificar-se com essa historia, quando vejo vídeos de como era a vida anos atrás, eu não sei se sorrio ou choro, vivíamos com tão pouco, com tanto sacrifício, mas será que nossas vidas eram realmente tristes? Faltava-nos de tudo, ate cama poucas existiam, dormíamos em redes, isso no norte e nordeste, sul e sudeste eu não sei, mas o poucos anos que convivi com umas senhoras que nasceram aqui no sudeste, elas me contaram que a vida para elas não foi fácil, e pelo o que me contaram não foi tão diferente da nossa região, ao contrario o sacrifício era o mesmo, sem contar a ignorância dos pais, aliás, muitos, nem falar as filhas podiam, imagina estudar e expressa algum desejo.

Isso nos anos vinte e trinta, já com a minha mãe nos anos trinta e quarenta, as moças algumas já estudavam, e pelo que mãe contava era bem saidinha. Já nos anos sessenta e setenta, eu, por exemplo, e as mulheres da minha época, já tinha mais liberdade, tanto pra viver, como estudar e namorar.

Agora em matéria de não termo diversão, tínhamos e muita, inventávamos queimada, e isso com bola de pano, academia, no chão de terra faziam a mesma com um pau, já na rua com o giz, brincadeira de anel e ate burrica, outro dia alguém postou uma, era um tronco no meio, um tabua, a mesma ficava como um balanço, daí sentava uma criança, um lado e outra do outro era muito divertido. Ate perna de pau fazíamos e andávamos, foram anos abençoados, as crianças, sete horas da noite estavam caindo de sono de tanto brincar. Estudávamos sim e nos recreio tínhamos nossas brincadeiras, o nosso lanche era saudável, tapioca com coco.

Nosso radio e televisão era as fofoqueiras da rua, ou no sitio, como existia fofoca risos. Nosso papel higiênico no sitio era folha de mato ou sabugo de milho seco. Já na cidade jornal usado ou papel de caderno dos anos anteriores. Banheiro risos? No sitio moitinha, na rua uma casinha mal feita com um buraco (fossa) tomar banho de cuia, ou ao relento, no sitio muitos vezes tomávamos nos açudes ou lagoas, que vida boa!

Pois é, e se reclamássemos? Do que e pra que, há sem contar nosso Modess absorvente, de pano velho, calcinha de botão, depois que apareceu o elástico, isso que nossas mães faziam, as coitadas tinha que aprender também a serem costureiras e ainda faziam nossas próprias roupas.

E carros? O primeiro que eu vi foi um misto velho, com o barulho me assustei, isso morando no sitio, o mesmo vinha de uma cidadezinha por nome de Desterro, à primeira vez que ele passou eu me escondi pensando ser um bicho, avião? Eu não ser por que, um dia passou um muito alto no sitio onde morávamos, o mesmo fazia um barulho que eu corri tanto pensando que o mundo estava se acabando. Já com uns dez anos, eu andei em cima de uma caminhoneta muito lotada, todos em pé que MEDO! As comidas mais gostosas aos domingos frango com arroz de festa e jerimum (Abobora) ou batata doce. Bolo só aos domingos, feito em baixo das cinzas e calvão por cima, e só bolo de leite.

Já doce mãe fazia. Doce de leite, caju, goiaba ou mamão e muitas vezes com rapadura. Existia também o mel, alfenim e rapadura que era feito nos engenhos no sitio mesmo, tinha também a casa de farinha, onde tinha a goma pra tapioca, farinha de mandioca e beiju.

Eu digo por mim, fui sim feliz, sonhei acordada, corri, brinquei, briguei e como em todas as épocas, as mães se metia e às vezes ficavam de mal da vizinha por conta dos filhos, faz parte. Sei que mesmos nos faltado tudo, fomos crianças, com acertos brigas e confusões, mas como criança, adolescentes e jovens fomos felizes.

 Há e feliz do que sobrevivei como eu ate hoje e posso contar nossa trajetória de vida e infância. Obrigado Deus por tudo.

 

Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

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