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quinta-feira, 7 de maio de 2020

MÃE NOSSO BEM MAIOR.



Eu me pergunto existe mesmo o dia das mães? O que vocês acham? Na minha cabeça e opinião o dia das mães é todo dia. Como eu acredito que não existe papai Noel, muito menos coelhinho da pascoa.
Existe sim mãe, firmes, fortes, fracas, mãe coragem, e aquelas mães que não merecem jamais serem chamada de mãe, a minha, por exemplo, foi a melhor mãe do mundo, e não só em bondade, carinho, companheirismo e amiga, mas uma mãe que nos fazia rir, cantar e contar historia (mesmo nos seus piores momentos).
Eu lembro-me da minha mãe sempre com enjoo, aliás, as suas gravides eram vomitando quase a gravidez inteira, ou também podia ser porque eu só via mãe gravida, depois de mim vieram mais oito, mas o pior foi á sua ultima gestação, no dia da nossa irmã nascer, a minha mãe ficou, acho que dois ou mais dias sofrendo, e para a cidade inteira seria impossível á nossa mãe viver, eu já minha via sem mãe, sem rumo, sem destino e uma dor enorme, o meu corpo e coração doía muito, e na minha cabeça eu só pensava; e agora o que será de mim e dos meus dez irmos, por que dois já tinham morrido ainda bebês, e imaginava (a nossa vó paterna não vai querer a gente, éramos muitos) Papai viajando e nossa avó materna já havia morrido, se muito a nossa vó, ela ficaria com dois e as duas mais velhas, porque elas já moravam com ela, foram bem novas para estudarem, mas e o resto! Nós tínhamos acabados de nos mudar pra pequena cidade de Itapetim, vindo do sitio todos sem saber o que pensar, foi como se o mundo fosse acabar, eu com dezesseis anos, mas como vinha do sitio mais parecia um bichinho assustado, e vendo toda aquela gente na casa, sem podermos entrar para evitar mais tumulto e não escutar os gritos de mãe, eu lembro que ficava com meus irmãos menores, Marcos, com três anos, Maísa cinco anos e Laura sete, eu morrendo de pena dos dois.
Eu nunca sofri tanto na vida, ao não ser quando meu irmão de apensas nove meses morreu, mas agora, além de sentir pena de mim pensava nos meus irmãos menores, mas graças a Deus! Como não era o dia da nossa mãe nos deixar, foi com grande alegria e alivio que escutamos o choro da nossa irmã, e aliviada mesmo e chorando de felicidade quando escutei as mulheres felizes e dizendo que nossa mãe estava passando bem e fora de perigo.
Isso mesmo, só existia um médico na cidade, e justamente nesses dias o abençoado não estava, quem a socorreu junto com as mulheres foi um farmacêutico cunhado da minha mãe. E hoje vendo a minha mãe com noventa e um anos, falante, forte, com boa memoria, linda e continua nossa amiga, nos contando historia e lembrando-se de tudo, então porque nos lembrar dela só no dia das mães? Não. Mãe foi é e sempre será, nosso porto seguro, nosso pilar, nossa heroína, guerreira e a melhor mãe do mundo, ela nos criou com muito sacrifício e nos faltando tantas coisas, mas carinho amor e diálogo nunca nos faltaram, sempre nos deu toda liberdade, mas nos aconselhando e mostrando o certo e errado, essa foi e é nossa mãe, nosso bem maior, Maria do Carmo Nunes (Mariquinha) nosso exemplo de amor, fé coragem e esperança de dia melhores. Te amo ate a eternidade mãe linda.

Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

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