Eu me pergunto existe mesmo o dia das
mães? O que vocês acham? Na minha cabeça e opinião o dia das mães é todo dia. Como eu acredito que não existe papai Noel, muito menos coelhinho da
pascoa.
Existe sim mãe, firmes, fortes, fracas,
mãe coragem, e aquelas mães que não merecem jamais serem chamada de mãe, a
minha, por exemplo, foi a melhor mãe do mundo, e não só em bondade, carinho,
companheirismo e amiga, mas uma mãe que nos fazia rir, cantar e contar historia
(mesmo nos seus piores momentos).
Eu lembro-me da minha mãe sempre com enjoo,
aliás, as suas gravides eram vomitando quase a gravidez inteira, ou também
podia ser porque eu só via mãe gravida, depois de mim vieram mais oito, mas o
pior foi á sua ultima gestação, no dia da nossa irmã nascer, a minha mãe ficou,
acho que dois ou mais dias sofrendo, e para a cidade inteira seria impossível á
nossa mãe viver, eu já minha via sem mãe, sem rumo, sem destino e uma dor
enorme, o meu corpo e coração doía muito, e na minha cabeça eu só pensava; e
agora o que será de mim e dos meus dez irmos, por que dois já tinham morrido
ainda bebês, e imaginava (a nossa vó paterna não vai querer a gente, éramos
muitos) Papai viajando e nossa avó materna já havia morrido, se muito a nossa vó,
ela ficaria com dois e as duas mais velhas, porque elas já moravam com ela,
foram bem novas para estudarem, mas e o resto! Nós tínhamos acabados de nos
mudar pra pequena cidade de Itapetim, vindo do sitio todos sem saber o que
pensar, foi como se o mundo fosse acabar, eu com dezesseis anos, mas como vinha
do sitio mais parecia um bichinho assustado, e vendo toda aquela gente na casa,
sem podermos entrar para evitar mais tumulto e não escutar os gritos de mãe, eu
lembro que ficava com meus irmãos menores, Marcos, com três anos, Maísa cinco
anos e Laura sete, eu morrendo de pena dos dois.
Eu nunca sofri tanto na vida, ao não ser
quando meu irmão de apensas nove meses morreu, mas agora, além de sentir pena
de mim pensava nos meus irmãos menores, mas graças a Deus! Como não era o dia da
nossa mãe nos deixar, foi com grande alegria e alivio que escutamos o choro
da nossa irmã, e aliviada mesmo e chorando de felicidade quando escutei as
mulheres felizes e dizendo que nossa mãe estava passando bem e fora de perigo.
Isso mesmo, só existia um médico na cidade,
e justamente nesses dias o abençoado não estava, quem a socorreu junto com as
mulheres foi um farmacêutico cunhado da minha mãe. E hoje vendo a minha mãe com
noventa e um anos, falante, forte, com boa memoria, linda e continua nossa amiga,
nos contando historia e lembrando-se de tudo, então porque nos lembrar dela só
no dia das mães? Não. Mãe foi é e sempre será, nosso porto seguro, nosso pilar,
nossa heroína, guerreira e a melhor mãe do mundo, ela nos criou com muito
sacrifício e nos faltando tantas coisas, mas carinho amor e diálogo nunca nos
faltaram, sempre nos deu toda liberdade, mas nos aconselhando e mostrando o
certo e errado, essa foi e é nossa mãe, nosso bem maior, Maria do Carmo Nunes
(Mariquinha) nosso exemplo de amor, fé coragem e esperança de dia melhores. Te amo ate
a eternidade mãe linda.
Joana D’arc Nunes de Araújo Alves
Ferreira.
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