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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

SAUDADES


Você já sentiu saudades?
Refiro-me a saudades de algo,que você não tem ideia do que seja, ou mesmo do que você não sabe se já viveu.
Eu acredito que todos nós sentimos, tem dias que eu estou assim, sentindo saudades de tudo, da infância, da época em que morávamos no sitio, daquele sossego, da inocência, de correr descalço aprontando todas.
Eu particularmente, não sentia tristeza, a pobreza não incomodava, e era feliz mesmo, sem quase nada ter, e hoje eu sinto saudades dos banhos nos rios, açudes, tanques e lagoas, há!
E de subir em pés de mangas, umbu, goiaba e ate nos pés de coco.
E quantos momentos gostosos, eu passei com meus primos e amigos, tomando banho, de cachoeiras, barragens, tudo como um sonho, bom demais.
 Os nossos divertimentos, além desses que eu citei, era brincar de casinha, com bonecas de pano, ou mesmo sabugo de milho, e tinha algo que eu adorava, andar de carro de bois.
Da infância tudo isso me faz lembrar com saudades, e da pré-adolescência ainda no sitio, das brincadeiras de rodas, passar anel etc.
Já na juventude, morando na pequena cidade de Itapetim, eu vivi momentos incríveis, e tudo para gente era alegria, e nos divertíamos com tão pouco!
Televisão! Meu Deus! Quem tinha era rico, e depois mal dava para ver a imagem, então por que assistimos?
O bom era nossas brincadeiras, piadas, a paquera na praça, riamos de qualquer coisa, e nada nos entristecia, ou nos deixava mal humoradas, e os bailes então!
Era sensacional, quanta alegria, animação, e felicidades passamos, e tudo vivido sem esse preconceito e a maldade de hoje.
E é daqueles momentos que eu sinto saudades, dos amigos, as paqueras, a inocência, do colégio, das festas, carnaval, festa de rua, e lembro-me de todos os meus amigos com carinho, e sem demagogia, eu vejo nas minhas lembranças o rosto das grandes paixões que vivi no passado.
E tinha algo maravilhoso que jamais esquecerei, muitas vezes ficávamos andando em volta da praça, com o intuito de ver nossa paquera, era inexplicável, e nunca cansávamos.
Outras vezes nos sentávamos num banco da pracinha, louca que nossa paquera resolvesse passar onde estávamos.
Essa foi nossa juventude, cheia de sonhos, alegrias, esperanças, felicidades com muita inocência ainda, e  com sinceridade, eu não me arrependo de absolutamente nada, se voltasse ao passado, eu viveria tudo de novo.
Saudades! Feliz de quem tem do que sentir, dos meus amigos, e primos queridos, eternas saudades.
Quantos já se foram, mais no meu coração ficarão para sempre, nas minhas lembranças e coração. 
E eu me pergunto?
Essa geração de hoje, eles vão sentir saudades do que? 
E mais!
Muitos ignorem, e para eles, quem vivi de lembranças, e passado é museu, que pena que pensem assim.

Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

                  


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