Você já sentiu saudades?
Refiro-me a saudades de algo,que você não
tem ideia do que seja, ou mesmo do que você não sabe se já viveu.
Eu acredito que todos nós sentimos, tem
dias que eu estou assim, sentindo saudades de tudo, da infância, da época em
que morávamos no sitio, daquele sossego, da inocência, de correr descalço
aprontando todas.
Eu particularmente, não sentia tristeza, a
pobreza não incomodava, e era feliz mesmo, sem quase nada ter, e hoje eu sinto
saudades dos banhos nos rios, açudes, tanques e lagoas, há!
E de subir em pés de mangas, umbu, goiaba
e ate nos pés de coco.
E quantos momentos gostosos, eu passei com
meus primos e amigos, tomando banho, de cachoeiras, barragens, tudo como um
sonho, bom demais.
Os nossos divertimentos, além desses
que eu citei, era brincar de casinha, com bonecas de pano, ou mesmo sabugo de
milho, e tinha algo que eu adorava, andar de carro de bois.
Da infância tudo isso me faz lembrar com
saudades, e da pré-adolescência ainda no sitio, das brincadeiras de rodas, passar
anel etc.
Já na juventude, morando na pequena cidade
de Itapetim, eu vivi momentos incríveis, e tudo para gente era alegria, e nos
divertíamos com tão pouco!
Televisão! Meu Deus! Quem tinha era rico,
e depois mal dava para ver a imagem, então por que assistimos?
O bom era nossas brincadeiras, piadas, a paquera na praça, riamos de qualquer coisa, e nada nos entristecia, ou nos
deixava mal humoradas, e os bailes então!
Era sensacional, quanta alegria, animação,
e felicidades passamos, e tudo vivido sem esse preconceito e a maldade de hoje.
E é daqueles momentos que eu sinto
saudades, dos amigos, as paqueras, a inocência, do colégio, das festas,
carnaval, festa de rua, e lembro-me de todos os meus amigos com carinho, e sem
demagogia, eu vejo nas minhas lembranças o rosto das grandes paixões que vivi
no passado.
E tinha algo maravilhoso que jamais
esquecerei, muitas vezes ficávamos andando em volta da praça,
com o intuito de ver nossa paquera, era inexplicável, e
nunca cansávamos.
Outras vezes nos sentávamos num banco
da pracinha, louca que nossa paquera resolvesse passar onde estávamos.
Essa foi nossa juventude, cheia de sonhos,
alegrias, esperanças, felicidades com muita inocência ainda,
e com sinceridade, eu não me arrependo de absolutamente nada, se
voltasse ao passado, eu viveria tudo de novo.
Saudades! Feliz de quem tem do que sentir, dos meus amigos, e primos queridos, eternas saudades.
Quantos já se foram, mais no meu coração
ficarão para sempre, nas minhas lembranças e coração.
E eu me pergunto?
Essa geração de hoje, eles vão sentir
saudades do que?
E mais!
Muitos ignorem, e para eles, quem vivi de
lembranças, e passado é museu, que pena que pensem assim.
Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.
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