Será que existe algo pior do que envelhecer?
Mais triste mesmo, é você depois de velho virar criança, e depender dos outros.
No Nordeste, eu sempre vejo, e admiro muito aqueles filhos,
irmãos e amigos, são, eles quem cuida dos seus entes queridos, e em casa.
E geralmente, com carinho, cuidado e amor, eu vi minha tia,
cuidar da minha avó materna, até ela morrer, e outra tia, dos meus avôs
paternos, era tanto cuidado, e eles sempre limpos, e cheirosos.
E hoje, eu vejo a minha irmã cuidar dos meus pais, ela dar
banho, e os mantem, sempre perfumados, foram anos cuidando dos dois, á um ano e
meio Papai morreu, e agora a minha irmã cuida só da nossa mãe, a coitada está á dose anos na cama, porém é bem cuidada, e sempre limpinha.
A minha irmã troca sua cama todos os dias, e dar banho, e
levando-o para o banheiro numa cadeira de rodas.
Somos, em onze irmãos, todos casados, a única que ficou
solteira foi a Niceas, e por ela ter sempre vivido com meus pais, continuou a
cuidar deles, e obvio! Sempre estamos presentes, e por mim, e as minhas irmãs,
a nossa mãe estava com a gente também, porém, ela não quer sair de casa nem
amarrada.
Seria maravilhoso, se todos os filhos fizessem esse carinho, e
tivesse essa dedicação com seus pais, infelizmente nem sempre é assim, e têm
certos filhos que preferem enfiar os seus pais num asilo, e alguns nem lá vão
vê-los mais, que tristeza!
Nós sabemos, à vida não e fácil para ninguém, mas se seus
pais, o criaram com sacrifícios dedicação, e tanto amor, não seria justo hoje,
que com seus pais acontecesse o mesmo?
Muitos por falta de amor, outros, dinheiro, espaço, e na
maioria boa vontade mesmo, a vida de alguns seres humanos, infelizmente o
egoísmo tomou conta, e Deus no coração dessas pessoas, passa longe.
Eu acho que ninguém merece sofrer, e viver numa cama
dependendo de alguém, mesmo que esse alguém seja o melhor filho, se você pode
andar, e mesmo divagar pode ir ao banheiro ainda! Tudo bem, se não, que Deus
tivesse piedade, e o levasse dessa para melhor, perdoe-me Deus se estou
escrevendo bobagem, porém é o que eu queria para mim.
Joana D’arc Nunes de Araújo Alves Ferreira.
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