Nesse caso eu me refiro a sua vida de criança, adolescência e
jovem, bom, minhas melhores lembranças de criança, a inocência, as simples brincadeiras
como pular corda, amarelinha e queimada mesmo com bola de pano, daí maiorzinha,
subir e chupar frutas do pé, correr descalço dia de chuva e pular nos açudes e
rios, de fazer casinha debaixo de um pé de algodão ou umbu com brinquedos improvisados,
brincar com bonecas de pano, ou sabugo
de milho, foi uma infância bem divertida, mas teve momentos ruins, como só
existia fogão a lenha, nós sofríamos para buscar a lenha para cozinhar, mas teve
um episódio assustador, um dia resolvemos pegar lenha na cerca de um vizinho,
um dos filhos do dono, nos flagrou e com uma espingarda nos ameaçou, choramos
muito, eu com dez anos e dois irmãos
menores, fizemos xixi nas roupas, daí perder um irmão de nove meses, eu com dez
anos, andar descalço porque não tinha chinelo, dormir em redes e ela se rasgar
na hora do melhor sono e cair no chão, pior, esperar nossa mãe costurar
enquanto dormia encostada na parede.
Graças a Deus nunca passamos fome, mas as comidas eram
limitadas, mas tinha um gosto muito bom, os doces, como meus pais criavam vacas,
a nossa mãe fazia doce de leite, mamão e goiaba já que tinha no sitio, os bolos
eram muito simples, mas bom demais, um simples biscoito ou bolacha caseiro
tinha um sabor muito diferenciado.
Já adolescente nossas
brincadeiras preferidas era passar o anel, pelo o simples fato de passar o anel
na mão de quem gostávamos sem ninguém saber, já mocinha as primeiras paixões
muito secretas que só nós sabíamos, na verdade meu primeiro namorado foi com
dezessete anos, já morando na cidade,
As piores lembranças, já mocinha e na cidade, o mesmo sistema
do sitio, lata d’água na cabeça buscando da única barragem que existia, por
vergonha acordávamos muito cedo, enquanto os demais dormiam, nos dias de lavar
a roupa um sufoco, além da vergonha tínhamos que sair cedo se não, não
encontrávamos um lugar perto da água, foram momentos difíceis, só melhorou um
pouco em 1973.
Aí foram momentos bons e ruins, morávamos no centro da
cidade, porém, a nossa casa era a mais feia, as janelas e portas tinha mais
buraco que que a molesta, o banheiro dava até medo de fazer as necessidades
naquele buraco negro, risos, os banhos de cuia, mas de coração eu não tinha
vergonha, quando namorava alguém, dizia; aquela casa é a minha.
Graças a Deus eu sempre
fui muito feliz, ria de tudo e todos até mesmo de mim, tudo para mim era festa.
Continua.
Joana Darc Nunes de A. A. Ferreira.
5 comentários:
História maravilhosa amiga até parece a minha história
Que boas lembranças e o mais importante a união da família
Obrigada Deus te abençoe.
Com certeza
Na verdade quem foi criado em sítio e na pobreza foi assim mesmo. Mais fui muito feliz.
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