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quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

MELHORES E PIORES LEMBRANÇAS

 

Nesse caso eu me refiro a sua vida de criança, adolescência e jovem, bom, minhas melhores lembranças de criança, a inocência, as simples brincadeiras como pular corda, amarelinha e queimada mesmo com bola de pano, daí maiorzinha, subir e chupar frutas do pé, correr descalço dia de chuva e pular nos açudes e rios, de fazer casinha debaixo de um pé de algodão ou umbu com brinquedos improvisados,  brincar com bonecas de pano, ou sabugo de milho, foi uma infância bem divertida, mas teve momentos ruins, como só existia fogão a lenha, nós sofríamos para buscar a lenha para cozinhar, mas teve um episódio assustador, um dia resolvemos pegar lenha na cerca de um vizinho, um dos filhos do dono, nos flagrou e com uma espingarda nos ameaçou, choramos muito, eu com dez anos e  dois irmãos menores, fizemos xixi nas roupas, daí perder um irmão de nove meses, eu com dez anos, andar descalço porque não tinha chinelo, dormir em redes e ela se rasgar na hora do melhor sono e cair no chão, pior, esperar nossa mãe costurar enquanto dormia encostada na parede.

Graças a Deus nunca passamos fome, mas as comidas eram limitadas, mas tinha um gosto muito bom, os doces, como meus pais criavam vacas, a nossa mãe fazia doce de leite, mamão e goiaba já que tinha no sitio, os bolos eram muito simples, mas bom demais, um simples biscoito ou bolacha caseiro tinha um sabor muito diferenciado.

 Já adolescente nossas brincadeiras preferidas era passar o anel, pelo o simples fato de passar o anel na mão de quem gostávamos sem ninguém saber, já mocinha as primeiras paixões muito secretas que só nós sabíamos, na verdade meu primeiro namorado foi com dezessete anos, já morando na cidade,

As piores lembranças, já mocinha e na cidade, o mesmo sistema do sitio, lata d’água na cabeça buscando da única barragem que existia, por vergonha acordávamos muito cedo, enquanto os demais dormiam, nos dias de lavar a roupa um sufoco, além da vergonha tínhamos que sair cedo se não, não encontrávamos um lugar perto da água, foram momentos difíceis, só melhorou um pouco em 1973.

Aí foram momentos bons e ruins, morávamos no centro da cidade, porém, a nossa casa era a mais feia, as janelas e portas tinha mais buraco que que a molesta, o banheiro dava até medo de fazer as necessidades naquele buraco negro, risos, os banhos de cuia, mas de coração eu não tinha vergonha, quando namorava alguém, dizia; aquela casa é a minha.

 Graças a Deus eu sempre fui muito feliz, ria de tudo e todos até mesmo de mim, tudo para mim era festa. Continua.

Joana Darc Nunes de A. A. Ferreira.

5 comentários:

Anônimo disse...

História maravilhosa amiga até parece a minha história

Anônimo disse...

Que boas lembranças e o mais importante a união da família

Anônimo disse...

Obrigada Deus te abençoe.

Anônimo disse...

Com certeza

Anônimo disse...

Na verdade quem foi criado em sítio e na pobreza foi assim mesmo. Mais fui muito feliz.