Eu sinto saudades da pureza, ingenuidade e respeito,
principalmente com os mais velhos,
depois, do primeiro namorado, da ansiedade que anoitecesse para me encontrar com
meu primeiro amor de adolescência, onde só o contato de mão nos fazia se sentir
no céu, das conversa com amigos, as risadas,
da amizade desinteressada, de sentar no banco da praça, daí, dá voltas
na mesma, rindo por qualquer bobagem,
era uma vida vivida com naturalidade, alegria e simplicidade, sim eu fui feliz,
no meu caso, na minha cidade Itapetim Pernambuco.
Há! Como sinto
saudades de tomar banho nos rios, lagoas e cachoeiras, de subir em pedra muito
alta e ficar imaginando o que existia além do que nossos olhos poderia
enxergar, chupar manga do pé, correr
descalço da cidade até o sitio, hoje acho tudo muito longe, mas quando se é jovem
tudo é diversão, lembro muito dos bailes no salão do colégio municipal de
Itapetim, antes em um pequeno salão que
existia na cidade, era uma tranquilidade, música boa dançantes, nacional e
internacional, já me perguntaram se eu dancei
muito forró, por incrível que pareça não, mas sempre existiu, principalmente
nas festas juninas, eu nunca consegui dançar, a não ser quadrilha.
Quem como eu, que nos anos setenta, tinha dezoito anos, fomos
privilegiados, vivíamos com tranquilidade e sem medo, tivemos sim uma vida de
sacrifício, porém, ao mesmo tempo abençoada e tranquila, para vocês terem uma
ideia, íamos para as festas e nossa mãe deixava a porta escorada com um pano.
Namoro era namoro, quero dizer sem maldade, se os meninos
ficavam assanhados eu nunca percebi, aliás, eu juro, eu não tinha maldade nem
pensamentos libidinosos, os nossos namoros, geralmente era sentados no banco da
praça com muita iluminação, eu não sei se os meninos tinham medo, ou se
controlava, ou no fundo era inocente ainda, eu procurei conversar muitos com os
meus filhos e hoje com meu neto, na verdade fui pãe, graças a Deus com os meus
filhos foi tranquilo.
Enquanto muitos jovens
hoje, tem pena de nós e da nossa época, eu tenho pena deles, a coisa está feia,
não generalizando, mas a maioria, nem tempo pra contar algo bom eles têm,
alguns vivem drogados e muitos morrem cedo demais.
Quando na nossa época, as praças eram nossos pontos de
encontro e diversão, hoje virou ponto de drogas, jovens do mau, com caras ruins,
encarando os mais velhos, dá medo de sair na porta ou ficar numa aria, bom, eu
moro longe da minha cidade Itapetim Pernambuco, mas sempre que ia lá, me dava
um nó na garganta, de ver as praças tão bonitas e só de enfeito. Algumas vezes
fui época de festa, se antes era muita alegria, com jovens felizes dando
risadas, hoje da vergonha de ver, todos os jovens bebendo e fumado sei lá o que,
ninguém dança, o som acabando com os tímpanos dos humanos, principiante dos
mais sensíveis.
O progresso é bom e preciso, mas porque mudar a forma dos
jovens ser e se comportar, é tanta revolta, ódio, ninguém pensa com amor e o
coração, já parte pra ignorância, e sem exceção, a maioria, tanto jovem como
adulto e no limite, se você tem sua primeira namorada (o) e por algum motivo
deixa de gostar por ser jovem, danou-se, é morte certa, Deus no coração dessas pessoas
não existem, as vezes pensamos que estamos no fim, não estamos, simplesmente é
a falta de amor a Deus, respeito e humanismo em todos os sentidos.
Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.
4 comentários:
Que texto lindo prima! Eu sinto saudade de tudo isso aí.
Muitos momentos maravilhosos.
Foi feito uma pesquisa agora recente e descobriu que os adolescentes mais felizes e que mais aproveitaram foram os dos anos 70. Eu já sabia, mas agora foi comprovado!!! Faço parte.
Eu com orgulho
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