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sábado, 18 de maio de 2024

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.

 

Com o passar dos anos, dois problemas vieram juntos, primeiro eu nunca fui chorona, mas conseguia chorar se me magoassem, ou me humilhasse porque se achavam superior a mim.

A primeira vez que saí de casa, sofri, chorei e sentia muitas saudades de casa e ao mesmo tempo sentia pena, é que com minha tia em são Paulo, a vida era mais tranquila, comia bem, andava bem arrumada, mas eu com minhas saudades e inocência deixei me levar por sentimentalismo e não soube aproveitar o que a vida estava me oferecendo, resolvi voltar ao sertão pernambucano, a minha cidade Itapetim, mas nem assim Deus desistiu de mim, minha vida definitivamente não seria em Itapetim Pernambuco, de volta a são Paulo, casei, fiquei viúva, hoje, eu me considero realizada, criei filhos bons, sábios e que são meu orgulho, tudo, obvio! Com ajuda de Deus, sem ele eu não teria conseguido.

Voltando a não saber chorar, eu não sei, talvez por que eu tenha passado momentos críticos e tristes e por que não desesperador, ao invés de querer chorar, botar pra fora e gritar toda minha dor, eu engoli o choro, e hoje sofro muito, ok, acredito que por conta dos meus filhos eu sufoquei minhas lagrimas e sentimentos, Deus sabe e quem me acompanha aqui no blog e me conhece pessoalmente, sabe de tudo que eu passei.

Já não tenho lagrimas, por pior que seja o meu problema e minha dor, não sei chorar, eu juro é muito constrangedor, as vezes queria chorar, mas não consigo o que sinto é algo estranho que chega a sufocar, quando alguém faz algo ruim comigo, mas ruim mesmo, eu passo mau, a minha pressão sobe, meu corpo dói, mas o choro não vem, eu nunca jamais queria que algo assim tivesse me acontecendo, só sabe desse sentimento e problema é quem tem igual a mim, eu não sei o que me fez ficar assim, se você chora é como se lavasse a alma, você se sente leve, desabava, bota tudo pra fora, mas sem você saber expressar seus sentimentos e dor, não há nada mais desolador estressante.

Outro sentimento que graças a Deus saiu de dentro de mim, foi a magoa, ódio e ressentimento, eu agradeço a Deus por ter me deixado viver para eu me limpar desse sentimento, escuto pessoas que sempre fica estressada e nervosa só de lembrar o que passou, pior nunca esquece o que sofreu, você fala com esse tipo de gente e lá vem reclamação, conta seus problemas principalmente o que passou, nunca conta nada de bom.

Até uns cinquenta anos, eu era mais ou menos assim, hoje nada me incomoda, nunca fui de fofoca, se me contava algo que não me dizia respeito, simplesmente esquecia e esqueço, eu conheço muita gente que só abre a boca pra reclamar e o pior desejar mau aos outros, quando se é jovem é normal nem tanto, mas dá pra entender.

Hoje está tudo errado pior, é só saber algo que alguém fez ou falou ao seu respeito, já vem o pensamento matar, as pessoas vivem num estresse, ninguém sabe mais ouvir, respeitar o próximo, tudo se resume em ódio.

Hoje que vivemos com tudo na mão é difícil entender tanto ódio, reclamações; os jovens, porque qualquer motivo se mata, ou pensa no mau uns dos outros, até as pessoas mais velhas que só sabe reclamar, deveria sim, se ajoelhar e agradecer a Deus está vivo e tendo o privilegio que muitos não tiveram, porque já morreram.

Quisera Deus, que todos tivessem nascido numa época, onde principalmente os mais antigos tivessem sido permitidos estudar, namorar, passear e viver livremente, mas nunca em tempo algum os seres humanos souberam agradecer a Deus suas vidas, o que mais aprenderam foi reclamar, se maldizer e achar sua vida uma bosta.

Eu não estou brincando já tive fases ruins, mas sou grata por Deus ter me deixado viver, para saber entender, perdoar e conseguir tem uma vida sem ódio e magoas do presente ou passado.

Que Deus abençoe cada amigo, ou não, que gostam de entrar e ler minhas histórias e possam entender o quanto a vida é bonita para quem sabe viver, a felicidade somos nós que fazemos, sofrimento existe, mas vamos tentar ser feliz, perdoar e viver nossos últimos anos com menos estreses e tristeza.

   Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

 

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