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sexta-feira, 9 de junho de 2023

IRMÃOS PARTE 2


 

Laurizete, (Laura) ela sempre trabalhou, antes no sindicato, e depois foi para o cartório do nosso avô, muito bonita, vaidosa, e muitas vezes metida, nas festas nem chegava perto da gente, namorava muito, mas seu grande amor, o Djaci, ele do Recife, e como o irmão era promotor em nossa cidade, Itapetim Pernambuco, ele veio passar as férias com o irmão e se encantou por Laura, então qualquer feriado prolongado ou férias, estava ele em nossa cidade.

Em agosto de 1974, 1975 a nossa mãe, ela foi ficar com nosso pai em Minas gerais, era onde ele estava trabalhando, então, eu além de tomar conta do dinheiro, das compras, tinha que ser responsável pelos os irmãos mais novos, mas sempre tinha confusão, alguns diziam que eu só comprava roupas para mim risos, era um Deus nos acuda.

O Jorge, esse era terrível, ele nunca aprendeu nem quis falar corretamente, era sem educação para tudo, principalmente para comer, quando ia tomar agua, café ou uma sopa, fazia um barulho mais parecia um porco comendo, e como o namoro de Laura com Djaci durou muito, muitas vezes ele vinha jantar em casa, a nossa situação era um pouco melhor, então uma noite eu fiz uma sopa, e  não é que o Djaci resolveu seguir Jorge na falta de modos, eu já estressada, porque ele já não saia lá de casa, e mesmo durante o dia, e Laura trabalhando, ele não nos dava paz.

Nesse dia eu estourei e gritei com muita raiva; quer dizer que o camarada agora resolveu chupar a sopa? E ao invés de comer como gente normal o senhor resolveu esculhambar de vez, e ele, eu só queria agradar e comer como o Jorge. Que bonito! O senhor está de parabéns, aprendeu muito bem o que não presta, até melhor que seu professor de falta de educação, agora quando voltar para o Recife, a sua mãe faz uma sopa e você faz o mesmo, sua mãe vai querer entender por que a falta de modos, aí você responde, há mãe! Sabe o que é, eu namoro uma menina, e ela tem um irmão que mais parece um porco comendo, e eu aprendi com ele.

 Coisa feia Djaci, por que você não ensina o cavalo aqui comer, era bem mais fácil e bonito.

Depois eu não aquentei e rimos muito, e ele aprendeu a lição, Jorge, mas parecia uma mistura de porco com cavalo, nos fazia tanta raiva e vergonha, quase todo dia a professora vinha trazer o cavalo magro em casa, a coitada quase chorando, mas em respeito a mãe, não expulsaram da escola, o pior, era sempre a mesma professora porque ele nunca passava de ano, até que não aguentando mais a praga, pedi que por caridade para papai o levasse para Minas, logo que ele fez dezoito anos.

Maysa linda, e quando mãe a deixou comigo ela tinha onze anos, então eu além de cuidar dela, levava, ela aonde ia, acho que quando eu voltei para são Paulo ela já estava com uns 14 anos, junto com mãe foram Marcos e Maria Helena, esses além de não ter apelido, era muto amados por serem os casula.

Tereza e Deta casadas, Socorro e Ceia, as duas sempre foram muito unida, principalmente para fazer raiva e me torrar a paciência, para completar o ódio delas por mim, uma prima que sempre nos demos bem, veio ficar um tempo lá em casa, mas como implicavam com essa prima, e botava até nossa avô paterna e tias contra tudo que eu fazia, segundo elas eu sustentava a minha prima de cigarro e roupa, mas obvio! Eu ajudava e comprava algumas coisas para ela, mas com o consentimento de papai, meu pai gostava muito dela, e da sua mãe que eram primos legítimos.

As duas só vivia olhando a vida dos outros, e como não tinha vida, preferia infernizar todo mundo, fazia intrigas e me deixavam doida, risos, mas graças a Deus, 1975 Ceia foi para Brasília, e socorro namorando e trabalhando me um pouco de paz.

Mas a vida com muito irmãos, pouco recursos, e mãe sempre viajando, porque essa não era a primeira vez que mãe ficava uns tempo onde papai estava trabalhando, então a nossa vida jamais teria de ser diferente, ainda assim, mesmo com brigas e confusões, nos entendíamos, e passava horas conversando, sorrindo, doce juventude, e com certeza tivemos bons momentos e hoje boas lembranças, sinto falta de todos até das brigas, eu e Deamo, fomos os únicos que resolvemos viver em outro estado, eu são Paulo, e Deamo Minas. Eu agradeço a Deus por tudo, Deus sempre esteve e está comigo me acompanhando e cuidando de mim e hoje da minha família.

 O Mais importante, nos tornamos filhos e pessoas do bem, nunca decepcionamos nossos pais, papai faleceu com 89 anos, e mãe, viva até hoje, esse ano fará 95 anos, é lucida, conta muita história e ama a vida. Isso a vinte e dois anos numa cadeira de rodas por conta de um AVC.

Joana Darc Nunes de Araújo Alves Ferreira.

6 comentários:

Anônimo disse...

A vida é cheia de desafios, o importante que venceram e estão vivos pra contar a história! Parabéns à todos.

Anônimo disse...

Com certeza abraços Joana Darc.

Anônimo disse...

Amo suas histórias, muito amor e superação apesar das dificuldades.

Anônimo disse...

Com certeza se n existe Deus e alegria nada feito. Abraços Joana DARC

Anônimo disse...

👏👏👏👏que história tão linda Darc😍

Anônimo disse...

Muitas lutas mas também muitas alegrias.